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Biblioteca Escolar ESJP

15
Dez21

SUGESTÃO DE LEITURA | UM LIVRO PARA IR AO TEATRO

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“Sim, porquê ir ao teatro? É certamente a questão que se coloca ao Martinho. Como vimos, a resposta « para nos divertirmos» é insuficiente. Etimologicamente – muitas vezes, a etimologia de uma palavra, de uma noção dá-nos pistas interessantes -, teatro significa « o lugar de onde se vê». Podemos então imaginar que vamos ao teatro para ver. Mas para ver o quê, Martinho?
- Para ver…  o mundo.
- Muito bem! É isso, para ver o mundo.  ( …) Para  ver que mundo? Ou antes, o mundo sob que forma?
(…)
Vamos ao teatro ver as ações dos homens e das mulheres que, 6gvemovidos pelas suas paixões e interesses singulares, entram em conflito uns com os outros. Na peça Antígona , de Sófocles, a heroína que dá o nome à tragédia quer a todo o custo enterrar o irmão, Polinices, que acabara de morrer; mas Creonte, o tio,que é o chefe da Cidade, proíbe-a de o fazer, acusando Polinices de traição. Antígona  não faz caso e é condenada e emparedada viva. Tão inflexível  quanto a sua sobrinha, Creonte  vê a infelicidade desabar sobre si próprio : o seu filho, Hémon, apaixonado por Antígona, e a sua própria esposa, Eurídice, suicidam-se.“

In Vou ao Teatro Ver o Mundo (2016), editora Imprensa Nacional-Casa da Moeda | Teatro Nacional de São João.

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27
Set21

O TERRORISTA ELEGANTE | SUGESTÃO DA SEMANA | PNL

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O Terrorista Elegante e Outras Histórias reúne três novelas escritas a quatro mãos pelos dois amigos com base em peças de teatro encomendadas por grupos de teatro portugueses. 

“As três novelas que constituem este livro têm por base peças de teatro escritas em conjunto pelos autores em tempos diferentes. O primeiro conto, “O terrorista elegante”, resultou de uma encomenda do grupo de treatro A Barraca, de Lisboa. Os dois últimos, “Chovem amores na rua do matador” e “A caixa preta” , foram  escritos como resposta a convites do Trigo Limpo – Teatro ACERT, de Tondela, Portugal.

Escrevemos “Chovem amores na rua do matador” e “A caixa preta” trocando mensagens, a partir de cidades diferentes, um acrescentando o texto do outro. “ O terrorista elegante” foi quase inteiramente escrito em Boane, Moçambique, num jardim imenso, à sombra de um alpendre de colmo. Ali passámos dias, sentados à mesma mesa, cada um diante de um computador, rindo, brincando e apostando na negação da ideia de que a criação literária é sempre um ato profundamente solitário.”

José Eduardo Agualusa e Mia Couto (2019) 

in O Terrorista Elegante (2019) Quetzal Editores

 

José Eduardo Agualusa nasceu na cidade do Huambo, em Angola, a 13 de dezembro de 1960. Estudou Agronomia e Silvicultura. Viveu em Lisboa, Luanda, Rio de Janeiro e  Berlim. É romancista, contista, cronista e autor de literatura infantil. Os seus romances têm sido distinguidos com os mais  prestigiados  prémios nacionais e estrangeiros, como o Independent ou o IMPSC Dublin, tendo sido finalista do Booker.

 

Mia Couto nasceu  na cidade da Beira, em 1955, e tem formação em Biologia. Entre outros, recebeu o Prémio Camões em 2013, o União Latina em 2007, o Vergílio Ferreira em 1999, ou o Neustadt  em 2014 – e é autor de livros tão marcantes  como Terra SonâmbulaO Último Voo do Flamingo ou Vozes Anoitecidas.

 

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21
Jun21

SUGESTÃO DA SEMANA PNL | VIRGINIA WOOLF - MRS DALLOWAY

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“Numa clara manhã de primavera, Clarissa Dalloway resolve sair para comprar flores para a festa que acolherá naquela mesma noite, em sua casa. Enquanto passeia pelas ruas de Londres, são recolhidas imagens, sensações e ideias, entrelaçadas com as personagens que habitam o seu mundo - do marido, Richard Dalloway, à filha, Elizabeth, e a Peter Walsh, amigo de juventude acabado de voltar da Índia - e que com ele se cruzam - como Septimus Warren Smith, veterano da Primeira Guerra Mundial assombrado pela doença mental. Romance que revelou em pleno o talento de Virginia Woolf, a sua perspicácia, a sensibilidade transparente e, sobretudo, a arte suprema de descrever os segredos das almas - não os atos mas as sensações que eles despertam - fazem de Mrs Dalloway uma obra-prima indiscutível da literatura universal.”

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15
Jun21

SUGESTÃO DA SEMANA PNL | VIAGENS

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Publicado originalmente em 2007 no polaco nativo da autora, Viagens, cuja tradução para inglês venceu, em 2018, o Man Booker Prize, é o 12º livro de Olga Tokarczuk, um dos maiores nomes da literatura contemporânea no seu país Natal.

“Bieguni”, seu interessante título original, refere-se a um grupo de “old believers” que rejeitam a vida sedentária e acreditam que a viagem, o movimento, são essenciais para evitar o mal e a tragédia. Sendo Olga Tokarczuk formada em psicologia, não será de estranhar a sua curiosidade por um comportamento humano tão aparentemente inverso ao que são as nossas convenções sociais.

Esta escolha reflete a filosofia na qual Tokarczuk se parece basear para o desenvolvimento da sua obra, inconformada com uma única corrente literária. O seu estilo fragmentado será, talvez, um pouco desconcertante para o leitor durante os capítulos iniciais, ganhando alguma justificação e sentido ao longo das mais de 300 páginas compostas por pequenas “viagens” ao longo do espaço e tempo, numa amálgama de formas estilísticas onde se misturam ensaios e narrativas de ficção mais ou menos longas com algumas personagens históricas em aparições esporádicas.

Estes fragmentos, parecendo inicialmente sem qualquer tipo de relação entre si, têm em comum o tema do movimento, do lar físico e espiritual – o corpo humano e uma curiosidade um pouco macabra sobre anatomia tomam um papel central em várias das narrativas – desde uma ex-amante de um monarca que tenta desesperadamente recuperar o cadáver do pai, a um homem que perde o rasto à sua mulher e filho, à irmã do compositor Chopin que tenta encontrar um local de repouso para o coração do mesmo após a sua morte. Olga Tokarczuk parece então perguntar-nos: qual o nosso próximo destino? Qual o significado de lar, corpo, e a sua importância material e espiritual?

Uma das críticas mais recorrentes e pertinentes a este Viagens é a falta de enquadramento oferecida para muitas das escolhas da autora – quer sejam os mapas que surgem de forma aparentemente aleatória entre fragmentos narrativos, quer sejam histórias sem finalização, que podem deixar o leitor com um sentimento de frustração para com a leitura. Mas, talvez, também esse seja o propósito quando se fala de viagens. Afinal, Tokarczuk não se refere a turismo e ao encontro de pontos previamente demarcados num mapa (até porque o seu livro não segue qualquer tipo de padrão literário a que a maioria dos leitores esteja habituado), mas à filosofia nómada, de deixar um local, uma história e partir para a seguinte sem a preocupação de olhar para trás.

É uma perspetiva discutível, uma vez que algumas narrativas são revisitadas e deixadas com um certo tom de finalização, enquanto outras são tão breves que nos podemos perguntar o porquê de ali se encontrarem. Algumas das secções conseguem fazer sentido individualmente, enquanto outras parecem deixar mais questões que respostas, sem acrescentarem nada de relevante ao que a autora transmite no total das partes que constituem a obra, fazendo com que esta se alongue desnecessariamente em certos pontos.

Viagens é uma incursão infinitamente interessante pela mente da autora, que irá necessitar de alguma concentração por parte do leitor para combater a sua deliberada ambiguidade. Ainda assim, acaba por ser compensatória na escrita descomplicada e envolvente de Tokarczuk, traduzindo-se num exercício de literatura bastante agradável e original, sem se tornar demasiado cansativo ou complexo, ao alcance de qualquer leitor curioso que se predisponha ao desafio.

Fonte: Maria João Soares in Comunidade Cultura e Arte

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08
Jun21

SUGESTÃO DA SEMANA | COM O MAR POR MEIO...

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«Desta ilha de Lanzarote, com o mar por meio, mas com braços tão longos que alcançam a Bahia, nós, e os mais que cá estão, parentes e amigos, admiradores todos, vos enviamos muito saudar e votos valentes contra as coisas negativas da vida.

A amizade entre Jorge Amado e José Saramago teve início quando os dois já iam maduros nos anos e na carreira literária. O vínculo tardio, porém, não impediu que os escritores criassem um forte laço, estendido às suas companheiras de vida, Zélia Gattai e Pilar del Río.

Reunida neste livro, a correspondência inédita entre os dois mestres da língua portuguesa vem finalmente a público. São cartas, bilhetes, cartões, faxes e mensagens várias, enviadas ao longo de seis anos, com uma rica troca de ideias sobre questões tanto da vida íntima como da conjuntura contemporânea, sempre com afeto e bom humor.

Ilustrado com fac-símiles e fotos raras, Com o mar por meio é um documento que ilustra uma bela amizade - esse «manjar supremo» da vida - e aproxima o leitor do universo particular de dois dos maiores nomes da literatura de língua portuguesa.»

In  Com o mar por meio.  Uma amizade em cartas -  Jorge Amado  e José Saramago (2107). Companhia das Letras

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02
Jun21

SUGESTÃO DA SEMANA | O FIO DA NAVALHA

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“William Somerset Maugham, filho de pais ingleses a viverem em França, nasceu em 1874, na embaixada britânica de Paris, de modo a escapar à obrigatoriedade de cumprir serviço militar imposta a todos os cidadãos nascidos em solo francês. Dramaturgo e romancista, antes de deflagrar a Primeira Guerra Mundial, Maugham já havia publicado dez romances e igual número de peças de teatro da sua autoria haviam subido a palco. Rapidamente se tornou um dos mais célebres escritores do seu tempo, e também um dos mais bem pagos. Quando ficou órfão de ambos os pais, antes de completar dez anos, foi enviado para Inglaterra, permanecendo ao cuidado de um tio. Mudou de país e mudou de língua – a adaptação não decorreu pacificamente. Com dezasseis anos, convenceu o tio a deixá-lo estudar na Alemanha, onde se dedicaria à literatura, à filosofia e à língua alemã. Aqui assumiria a sua bissexualidade, tendo a primeira relação homossexual, e aqui escreveria o seu primeiro livro, uma biografia do compositor Giacomo Meyerbeer. Quando regressou a Inglaterra, Somerset Maugham já tinha a certeza de que queria ser escritor. Durante a Primeira Guerra Mundial, o escritor viajou pela Índia e pelo Sudeste Asiático, experiência que lhe serviu de mote para várias obras. Entre os seus livros mais notáveis, encontram-se Servidão HumanaO Fio da Navalha e A Carta. Somerset Maugham morreu na sua casa do Sul de França em 1965, e as suas cinzas foram espalhadas perto da Biblioteca Maugham, em Inglaterra.”

“William Somerset Maugham, filho de pais ingleses a viverem em França, nasceu em 1874, na embaixada britânica de Paris, de modo a escapar à obrigatoriedade de cumprir serviço militar imposta a todos os cidadãos nascidos em solo francês. Dramaturgo e romancista, antes de deflagrar a Primeira Guerra Mundial, Maugham já havia publicado dez romances e igual número de peças de teatro da sua autoria haviam subido a palco. Rapidamente se tornou um dos mais célebres escritores do seu tempo, e também um dos mais bem pagos. Quando ficou órfão de ambos os pais, antes de completar dez anos, foi enviado para Inglaterra, permanecendo ao cuidado de um tio. Mudou de país e mudou de língua – a adaptação não decorreu pacificamente. Com dezasseis anos, convenceu o tio a deixá-lo estudar na Alemanha, onde se dedicaria à literatura, à filosofia e à língua alemã. Aqui assumiria a sua bissexualidade, tendo a primeira relação homossexual, e aqui escreveria o seu primeiro livro, uma biografia do compositor Giacomo Meyerbeer. Quando regressou a Inglaterra, Somerset Maugham já tinha a certeza de que queria ser escritor. Durante a Primeira Guerra Mundial, o escritor viajou pela Índia e pelo Sudeste Asiático, experiência que lhe serviu de mote para várias obras. Entre os seus livros mais notáveis, encontram-se Servidão HumanaO Fio da Navalha e A Carta. Somerset Maugham morreu na sua casa do Sul de França em 1965, e as suas cinzas foram espalhadas perto da Biblioteca Maugham, em Inglaterra.”

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A vida de Larry Darrell muda para sempre quando um amigo e colega de combate morre ao tentar salvá-lo. Para o jovem aviador americano, a morte passa então a ter um rosto. O inexorável mistério da morte leva-o a questionar o significado último da frágil condição humana e a embarcar numa obstinada e redentora odisseia espiritual.
Ao recusar viver segundo as convenções impostas pela sociedade para buscar o sentido da vida (que encontrará, certa manhã, algures na Índia), Larry torna-se simultaneamente uma frustração para os que o rodeiam – principalmente para Isabel, a namorada, e Elliott, tio desta, que cultivam acima de tudo a aceitação e o prestígio sociais – e a personificação de um ideal de espiritualidade e não-compromisso.

Por duas vezes adaptado ao cinema, "O Fio da Navalha" é um romance intemporal. As ansiedades e dúvidas de Larry são também as nossas; continuamos até hoje a buscar um sentido para a nossa existência. Para encarnar essa luta contra o destino, Somerset Maugham criou um dos mais fascinantes personagens do seu vasto legado literário. Da Primeira à Segunda Guerra Mundial, passando pela Grande Depressão, ele leva-nos, através das sociedades francesa, americana e inglesa, à verdade mais recôndita da alma e do sentimento humanos.

25
Mai21

LAWRENCE DURREL (1912-1990)

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Lawrence George Durrell nasceu em 27 de fevereiro de 1912, em Jullundur, no norte da Índia, perto do Tibete. Seu pai inglês, Lawrence Samuel Durrell, e sua mãe irlandesa-inglesa, Louisa Florence Dixie, também nasceram na Índia. Essa mistura de nacionalidades marcou a imaginação criativa de Durrell. Ele alegaria anos mais tarde que tinha "uma mentalidade tibetana".

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25
Mai21

SUGESTÃO DA SEMANA | UM LIVRO DE CULTO

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Quarteto de Alexandria é uma tetralogia de romances do escritor Lawrence Durrell, publicados entre 1957 e 1960. Os primeiros três livros apresentam três perspetivas da mesma sequência de acontecimentos e personagens, passados em Alexandria, durante a II Guerra Mundial e o quarto livro passa-se seis anos mais tarde.

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17
Mai21

SUGESTÃO DA SEMANA | A SEXTA EXTINÇÃO

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Leitura recomendada por Yuval Noah Harari, Al Gore, Bill Gates e Barack Obama, entre outras personalidades mundiais.

«Um livro maravilhoso e um aviso muito claro de que mudanças repentinas são possíveis de ocorrer. Já aconteceram no passado e podem vir a repetir-se.»

Barack Obama

A Sexta Extinção recebeu o Prémio Pulitzer para obras de não-ficção, em 2015, e foi finalista do National Book Critics Circle Award. Está traduzido em mais de 30 línguas.

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13
Mai21

IRMÃOS KARAMAZOV | SÍNTESE

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“Os Irmãos Karamázov” é o último romance publicado de Dostoiévski. E considero, entre todos que li, o mais complexo. Muitas discussões estão embutidas nesse romance, muitas facetas diferentes da vida. Penso que a tentativa de isolar algumas de suas ideias principais e analisá-las isoladamente destrói a unidade essencial do romance. Talvez, penso eu, a grandeza dessa obra esteja na capacidade do autor de integrar diversos elementos divergentes em um todo unificado.

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11
Mai21

SUGESTÃO DA SEMANA | OS IRMÃOS KARAMAZOV

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O último grande romance de Dostoiévski (1879-1880), terminado pouco tempo antes da sua morte, em São Petersburgo (1881) vem, juntamente com as obras Crime e Castigo (1866), O Idiota (1868) e Os Possessos (1871-72), provar que a fase final da sua vida foi, sem dúvida, a mais produtiva. Os Irmãos Karamázov é uma das mais geniais criações literárias de todos os tempos. Analista rigoroso do comportamento humano, Dostoiévski traz à tona o próprio sentimento de culpa pelo assassínio do pai. O autor debate de uma forma sublime as infindáveis dicotomias da natureza humana, revelando uma inquietação que é já a do homem moderno.

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03
Mai21

SUGESTÃO PNL DA SEMANA

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A amizade entre Jorge Amado e José Saramago teve início quando os dois já iam maduros nos anos e na carreira literária. O vínculo tardio, porém, não impediu que os escritores criassem um forte laço, estendido às suas companheiras de vida, Zélia Gattai e Pilar del Río.

"Com o mar por meio.  Uma amizade em cartas "-  Jorge Amado  e José Saramago (2107)

26
Abr21

SUGESTÃO DA SEMANA | OS MEMORÁVEIS

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“Estamos perante um romance que ultrapassa  em muito a invocação  de um acontecimento histórico, a revolução democrática portuguesa de 1974, já  que se trata de uma reflexão atual sobre a liberdade, a resistência e a esperança. Ao longo do livro, encontramos o ceticismo e a vontade, a dúvida e o empenhamento, mas sobretudo a imperfeição natural das sociedades humanas, que não podem ser aprisionadas pela indiferença ou mesmo pela utopia …(…)

A obra ajuda-nos a compreender o Portugal de hoje. Com preocupações de agora, vemos que um acontecimento como o 25 de abril de 1974 não se resume a uma ocorrência pretérita, porque a liberdade e a democracia são presentes e sempre inacabadas.(…)

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23
Abr21

SUGESTÃO DA SEMANA - FICÇÕES

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"Ficções" é talvez o livro mais reconhecido de Jorge Luis Borges, e que inclui contos fundamentais para entender o seu universo, como «O Jardim dos Caminhos que se Bifurcam», «As Ruínas Circulares» ou «A Biblioteca de Babel». Há narrativas de natureza policial, como «A Morte e a Bússola», a história de um detetive que investiga o assassinato de um rabino; outras, que recriam livros imaginários como «Tlön, Uqbar, Orbis Tertius», reflexão extraordinária sobre a literatura e sua influência no mundo físico; e outras que podem ser consideradas fundadoras do moderno género fantástico, como «O Sul», que, nas palavras do mesmo autor, é talvez a sua melhor história.

24
Mar21

ARTUR DO CRUZEIRO SEIXAS - SUGESTÃO DA SEMANA PNL

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“Decano da arte portuguesa e um dos grandes nomes do Surrealismo português e europeu, Artur do Cruzeiro Seixas nasceu em 1920, na Amadora. No seu longo percurso artístico, conta com uma fase expressionista, outra neo-realista e outra, com início no final dos anos 40, mais prolongada, em que integra o movimento Surrealista Português, ao lado de Mário Cesariny, Carlos Calvet, António Maria Lisboa, Pedro Oom ou Mário Henrique Leiria. Foi um dos seus precursores e atualmente é considerado um dos seus máximos expoentes, considerando-se que o surrealismo fantástico visível na sua obra tenha tido como principal inspiração o trabalho do artista De Chirico.

 

 

15
Mar21

JOSÉ SARAMAGO

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José de Sousa Saramago - (Azinhaga, Golegã, 16 de novembro de 1922 — Tías, Lanzarote, 18 de junho de 2010) foi um escritor português. Galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também ganhou, em 1995, o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Saramago foi considerado o responsável pelo efetivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa. A 24 de Agosto de 1985 foi agraciado com o grau de Comendador da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico e a 3 de Dezembro de 1998 foi elevado a Grande-Colar da mesma Ordem, uma honra geralmente reservada apenas a Chefes de Estado.

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15
Mar21

ANO DA MORTE DE RICARDO REIS - SUGESTÃO DA SEMANA PNL

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Ricardo Reis, idade quarenta e oito anos, natural do Porto, estado civil solteiro, profissão médico, última residência Rio de Janeiro, Brasil, donde procede, viajou pelo Highland  Brigade, parece o princípio duma confissão, duma autobiografia íntima, tudo o que é oculto se contém nesta linha manuscrita, agora o problema é descobrir o resto, apenas.

Espreita aqui!

 

18
Fev21

George Orwell

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Eric Arthur Blair (Motihari, Índia Britânica, 25 de junho de 1903 — Camden, Londres, Reino Unido, 21 de janeiro de 1950), mais conhecido pelo pseudónimo George Orwell, foi um escritor, jornalista e ensaísta político inglês, nascido na Índia Britânica. Sua obra é marcada por uma inteligência perspicaz e bem-humorada, uma consciência profunda das injustiças sociais, uma intensa oposição ao totalitarismo e uma paixão pela clareza da escrita. Apontado como simpatizante da proposta anarquista, o escritor faz uma defesa da auto-gestão ou autonomismo. Sua hostilidade ao Stalinismo e pela experiência do socialismo soviético, um regime que Orwell denunciou em seu romance satírico A Revolução dos Bichos, (traduzido no Brasil também como A Fazenda dos Animais, a partir das edições de 2020) se revelou uma característica constante em sua obra.

Considerado talvez o melhor cronista da cultura inglesa do século XX, Orwell dedicou-se a escrever resenhas, ficção, artigos jornalísticos polémicos, crítica literária e poesia. Ele é mais conhecido pelo romance distópico Nineteen Eighty-Four, escrito em 1949, e pela novela satírica Animal Farm (1945). Juntas, estas obras venderam mais cópias do que os dois livros mais vendidos de qualquer outro escritor do século XX. Um outro livro de sua autoria, Homage to Catalonia (1938) - um relato de sua experiência como combatente voluntário no lado republicano da Guerra Civil Espanhola — também é altamente aclamado, assim como seus ensaios sobre política, literatura, linguagem e cultura. Em 2008, o The Times classificou-o em segundo lugar em uma lista de "Os 50 maiores escritores britânicos desde 1945".

A influência de Orwell na cultura contemporânea, tanto popular quanto política, perdura até hoje. Vários neologismos criados por ele, assim como o termo orwelliano  - palavra usada para definir qualquer prática social autoritária ou totalitária - já fazem parte do vernáculo popular.