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Biblioteca Escolar ESJP

02
Nov22

HOMEM ALMOFADA | TEATRO

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Num clima de ditadura totalitária, duas crianças aparecem mortas e uma terceira encontra-se desaparecida. Os terríveis assassinatos são réplicas de alguns contos do escritor Katurian, que é detido e levado para uma sala de interrogatório por dois detetives carismáticos e pouco convencionais.

A vida de Katurian é dissecada, revelando-nos a relação com o seu irmão “atrasado”, a terrível morte dos seus pais e os seus contos doentios e influenciadores enquanto os detetives tentam perceber a sua culpabilidade e o paradeiro da terceira criança.

“ou será que era: o único dever de um contador de histórias é contar uma história?”

Centro Cultural Malaposta de 4 a 6 de novembro, 20.30h

VER+ AQUI

 

 

26
Out22

FLAD | DRAWING ROOM 2022

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Este prémio anual, no valor de 20.000 €, tem como objetivo apoiar a criação e os artistas, reconhecendo o talento artístico em Portugal. A área de produção artística escolhida foi o desenho, pela sua importante representação na Coleção de Arte Contemporânea da FLAD e por constituir uma expressão artística de relação muito íntima com o criador de arte.

Os artistas portugueses que desenvolvem o seu trabalho na área do desenho aderiram em grande número a esta iniciativa, que recebeu mais de 300 candidaturas, naquela que é ainda a segunda edição deste prémio.

de 26 a 30 de outubro

Sociedade Nacional de Belas Artes - Rua Barata Salgueiro, Lisboa

 

 

24
Out22

SEMANA DA FORMAÇÃO FINANCEIRA | 24 A 28 OUTUBRO

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ASSISTA EM DIRETO À SESSÃO SOLENE DA SEMANA DA FORMAÇÃO FINANCEIRA 2022

 

No dia 25 de outubro, a partir das 9 horas, assista aqui à transmissão em direto da Sessão Solene da Semana da Formação Financeira 2022.

Conheça o programa das atividades que decorrem ao longo de toda a semana em https://www.semanaformacaofinanceira.com/.

 

 

24
Out22

CONSCIÊNCIA E MEMÓRIA

BE - ESJP

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A consciência é um sistema de memória inconsciente?

A consciência é a sua consciência de si mesmo e do mundo à sua volta. Esta consciência é subjetiva e única para nós, diz Andrew Budson, professor de neurologia e investigador da Escola de Medicina Chobanian & Avedisian da Universidade de Boston. Dizemos nós que, nesta parte, não é muito diferente do que António Damásio tem evidenciado há muitos anos, nas suas pesquisas.

Mas voltando ao professor Budson, este desenvolveu uma nova teoria da consciência, explicando por que ela se desenvolveu, para que serve e o que a afeta, nomeadamente porque é tão difícil fazermos escolhas certas, em coisas como uma dieta por exemplo.

Em poucas palavras, a teoria é que a consciência se desenvolveu como um sistema de memória que é usado pelo nosso cérebro de forma inconsciente, para nos ajudar a imaginar o futuro de forma flexível e criativa e planear em conformidade, explicou o autor.

“O que é completamente novo nessa teoria é que ela sugere que não percebemos o mundo, não tomamos decisões ou realizamos ações diretamente. Em vez disso, fazemos todas essas coisas inconscientemente e então – cerca de meio segundo depois – recordamos conscientemente que as fizemos.”

Budson explicou que desenvolveu essa teoria em conjunto com o filósofo Kenneth Richman PhD, do Massachusetts College of Pharmacy and Health Sciences e a psicóloga Elizabeth Kensinger, PhD do Boston College, para explicar uma série de fenómenos que não podiam ser facilmente entendidos com as teorias anteriores da consciência.

“Sabíamos que os processos conscientes eram simplesmente muito lentos para se envolverem ativamente em música, desportos e outras atividades, onde são necessários reflexos de ínfimas  frações de segundo. Mas, se a consciência não estivesse envolvida em tais processos, seria necessária uma explicação melhor do que as que temos”.

Segundo os autores, esta teoria é importante porque explica que todas as nossas decisões e ações são realmente feitas inconscientemente, embora nos iludamos acreditando que as fizemos conscientemente.

Assim, podemos dizer a nós próprios que vamos comer apenas uma colher de gelado, mas no passo seguinte apercebemo-nos que a embalagem ficou vazia. Isto porque a nossa mente consciente não está a controlar as nossas ações.

“Mesmo os nossos pensamentos não estão normalmente sob o nosso controlo consciente. Essa falta é o motivo pelo qual podemos ter dificuldade em parar um fluxo de pensamentos que nos passam pela cabeça enquanto tentamos dormir e também porque a atenção plena é difícil”, acrescenta Budson.

Com uma exploração mais profunda, este trabalho pode permitir que pacientes melhorem comportamentos problemáticos, como comer demais ou ajudar-nos a entender a forma como as estruturas cerebrais apoiam a memória ou até fornecer pistas sobre questões filosóficas ligadas ao livre arbítrio e à responsabilidade moral.

Crédito foto: Olhar digital

17
Out22

16ª EDIÇÃO LEFFEST | DE 10 A 20 DE NOVEMBRO

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De 10 a 20 de Novembro, o LEFFEST regressa a Lisboa e a Sintra para a sua 16ª edição. A programação foi hoje anunciada, em conferência de imprensa, no Palácio Nacional de Queluz.

A Selecção Oficial em Competição, com 11 filmes de várias cinematografias, da Europa à Ásia e África, toma o pulso ao cinema que hoje se faz pelo mundo e reúne jovens realizadores, que vão certamente marcar o cinema do séc XXI, e alguns autores consagrados, que nos trazem novas obras, surpreendentes, inovadoras, arriscadas. Os realizadores estarão presentes para conversarem com o público sobre os seus filmes. Paulo Branco, director do festival, referiu os dois filmes iranianos presentes na Selecção Oficial em Competição - Leila’s Brothers, de Saeed Rustaee (presente no Festival de Cannes), e Beyond the Wall, de Vahid Jalilvand (presente no Festival de Veneza) - «uma cinematografia muito relevante, com mais de 100 filmes por ano, e que está a conquistar dimensão internacional».

Na Selecção Oficial fora de Competição, trazemos algumas das obras mais aguardadas nesta nova temporada, filmes que estiveram nos mais importantes festivais de cinema, e que fazem parte dos momentos mais altos do cinema nos próximos meses. São dezassete títulos (a que se juntarão mais dois ou três a anunciar em breve), entre os quais destacamos o filme de abertura, Crimes of the Future, que marca o muito aguardado regresso de David Cronenberg, depois de alguns anos sem filmar - o realizador estará presente na sessão e fará uma conversa sobre o seu cinema, quando tem na calha já um novo filme; The Lost Kingde Stephen Frears, que também acompanhará o filme, assim como Jerzy Skolimowski, de quem veremos EO, galardoado no Festival de Cannes com o prémio do Júri. Armageddon Time, de James Gray, é outro dos títulos sonantes, tal como White Noise, de Noah Baumbach, uma produção da Netflix, adaptação do romance homónimo de Don DeLillo (que desde a sua primeira edição teve uma presença assídua no LEFFEST, com vários momentos inolvidáveis). Destacamos ainda os mais recentes filmes de Park Chan Wook, Decision to Leave, e Broker, de Koreeda Hirokasu, filmado na Coreia com o actor de Parasitas e o Leão de Ouro de Veneza, All the Beauty and the Bloodshed, de Laura Poitras, com a artista Nan Goldin (como curiosidade, este filme “nasceu” no LEFFEST, onde Poitras e Goldin se conheceram em 2014).

O cineasta Olivier Assayas será o presidente do Júri desta edição, e a acompanhá-lo estará a cineasta do movimento L.A. Rebellion, Julie Dash, o arquitecto francês Rudy Ricciotti e a actriz portuguesa Joana Ribeiro.

O movimento L.A. Rebellion, surgido nos anos 60, e que reuniu uma série de realizadores associados à UCLA, foi um movimento inovador e revolucionário, atento às vivências da comunidade afro-americana nos EUA. O LEFFEST organiza uma retrospectiva abrangente dos filmes do movimento, uma exposição, e reúne pela primeira vez na Europa os seus nomes de proa: Charles Burnett, Billy Woodberry, Julie Dash, Ben Caldwell e Haile Gerima, que acompanharão os filmes e participarão em várias conversas, sobre este «movimento que esteve também ligado à luta pelos direitos civis», referiu Inês Branco Lopez, curadora desta retrospectiva, que salientou ainda a importância da presença destes cinco realizadores que «são muito conceituados pelo público e pelo meio artístico e cultural».

Outra das traves mestras desta edição, é o programa especial intitulado Romper as Grades, que visa, por um lado, aproximar as vivências das prisões ao nosso público, e, por outro, aproximar o cinema dos reclusos, com um conjunto de eventos únicos. Desde logo, com um debate sobre o abolicionismo com Angela Davis, figura icónica do activismo, professora e ensaísta, autora de obras como “A Liberdade é uma Luta Constante”, “As Prisões Estão Obsoletas?”, ou, o mais recente, uma obra colectiva, “Abolition. Feminis. Now.”, escrito com outras autoras, entre as quais Gina Dent, que também estará presente no debate. Além de um ciclo de filmes (com destaque para a apresentação de Fome, de Steve McQueen, pelo actor Michael Fassbender) e vários debates, de dois concertos (Dino D’Santiago e Archie Shepp), um espectáculo de dança coreografado por Olga Roriz, com um corpo de bailarinos reclusos do Estabelecimento Prisional do Linhó, este programa terá uma extensão aos EPs do Linhó e de Tires, com a projecção de filmes para os/as reclusos/as, seguidos de conversas com alguns convidados do festival. «Esta é uma forma de trazer não só o tema das prisões para o festival, mas também de levar o festival para dentro das prisões«, referiu Inês Branco Lopez, a propósito deste programa.

Numa forma de contrabalançar os temas sociais, sempre essenciais no conteúdo do LEFFEST, entre as retrospectivas, há um espaço especial dedicado a um dos actores icónicos das últimas décadas, Jim Carrey, que o director do festival, Paulo Branc, definiu como «muito mais do que um actor, Jim Carrey é um artista de enorme talento, não só na interpretação de temas satíricos, mas também como actor dramático, em filmes como Homem na Lua ou O Despertar da Mente». A retrospectiva intitula-se Jim Carrey: Mito ou Realidade?, uma questão que o próprio actor se coloca, após ter anunciado abandonar a sua carreira no cinema.

Ainda a retrospectiva Sérgio Tréfaut, realizador multi-premiado, de quem veremos a obra completa, dividida entre a ficção e o documentário, e ainda, em antestreia, o seu mais recente filme, A Noiva, que integrou a Selecção Oficial do Festival de Veneza, secção Orizzonti.

Com curadoria de Alexei Artamanov, Denis Ruzaev e Ines Branco Lopez, o ciclo temático deste ano pretende trazer para discussão os temas de culpa, da responsabilidade e da escolha. «Será que o sentimento de culpa nasce de uma traição dos nossos próprios desejos? Ou de uma lacuna entre as expectativas sociais e a nossa vontade? A falta de livre arbítrio dispensa-nos da culpa? Ou será que podemos encontrar a redenção individual e libertarmo-nos desse sentimento quando houver uma responsabilidade colectiva dentro de um contexto histórico terrível? Estas questões serão exploradas através de sete sessões, começando a viagem com Ingmar Bergman e terminando com Nobuhiko Obayashi, passando por Barbara Loden, Thomas Heise, Thomas Harlan, Robert Kramer, Camille Billops, Toshio Matsumoto e Jules Dassin.»

Acolheremos um conjunto de espectáculos, desde o teatro a concertos, passando pela dança. O teatro e a música numa apresentação inédita de John Malkovich, que nos trás The Infamous Ramirez Hoffman, a partir de textos de Roberto Bolaño; concertos de Dino D’Santiago, no Grande Auditório do Centro Cultural Olga Cadaval, e do mítico saxofonista Archie Shepp, no Teatro Tivoli BBVA; e a dança da Companhia Olga Roriz numa colaboração com um grupo de reclusos do Estabelecimento Prisional do Linhó. Os bilhetes para todos os espectáculos estarão à venda a partir de 14 de Outubro.

A inaugurar dia 13 de Novembro, no MU.SA – Museu das Artes de Sintra, as exposições L.A. Rebellion – Uma Viagem com Ben Caldwell Através da História e do Legado do Movimento e Arte Entre Ruínas: Sublimação Artística na Faixa de Gaza, com as obras da pintora e autora Malak Mattar.

Nas Sessões Especiais do LEFFEST, teremos vários momentos únicos: dois workshops com o realizador Cristi PuiuDirecção de Actores, com a exibição de vários excertos de filmes seus; a exibição em sala da série de Olivier AssayasIrma Vep, com sessões apresentadas pelo realizador e pela actriz Alicia Vikander; uma conversa com John MalkovichBeing John Malkovich, seguida da exibição do filme O Tempo Reencontrado, de Raúl Ruiz, assinalando o centenário da morte de Marcel Proust; uma conversa com o actor Melvil PoupaudDe Raúl Ruiz a Woody Allen, seguida da exibição do filme Combate de Amor em Sonho, de Raúl Ruiz; a exibição de Christophe… Définitivement, sobre o icónico cantor Christophe, com apresentação de Dominique Gonzalez-Foerster, co-realizadora do filme; uma conversa sobre o aqui e agora do cinema de David Cronenberg, seguida da exibição de eXistenZ; a celebração do centenário do pintor Lucian Freud, à conversa com a sua filha Bella Freud e a exibição de um documentário e materiais inéditos sobre o pintor.

Através do Serviço Educativo, uma secção paralela do LEFFEST, especialmente dedicada à comunidade escolar e ao público sénior, o festival assume a sua importância e responsabilidade na formação e desenvolvimento do público infantil e juvenil, em colaboração com a C. M. Sintra. Este programa especial de fruição, reflexão e discussão do cinema, é pensado de forma a estimular o gosto artístico e o pensamento crítico e encorajar a participação activa na comunidade.

17
Out22

CINEMA PORTUGUÊS EM STREAMING SEM PAGAR | NOVOCINE

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Madalena Fragoso, uma das fundadoras da plataforma revela que o objetivo é dar a oportunidade a outros realizadores de estrear as suas produções. Assim, em novocine.pt, a plataforma caracteriza-se como uma sala de cinema que exibe, gratuitamente, um filme novo a cada vinte dias. O respetivo realizador é remunerado quando a sua produção é exibida.

O primeiro filme disponibilizado é "A casa e os cães" (2019), de Madalena Fragoso e Margarida Meneses.

O NOVOCINE foi pensado em 2020, em plena pandemia da covid-19, e arranca com um apoio financeiro do programa Ad Hoc do Instituto do Cinema e do Audiovisual, de 2.500 euros, e do programa Garantir Cultura, com 10.000 euros.

"A casa e os cães" ficará 'online' até 17 de outubro, dando lugar depois a uma curta-metragem brasileira, de 1964, e que Madalena Fragoso não desvenda o título, embora diga que se relaciona com a atualidade.

Madalena Fragoso disse ainda que já está confirmada programação até março e que o objetivo é continuar a procurar apoios financeiros e manter o projeto.

Fonte: https://www.theportugalnews.com/pt

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26
Set22

ROTA DA SEDA | ESTADO DA ARTE

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O nome “Rota da Seda” é uma convenção historiográfica do século XIX para designar o fluxo comercial ancestral da Eurásia. Na verdade, a seda era uma mercadoria de várias, e não houve uma rota, mas inúmeras, ao norte e ao sul, através das estepes, desertos, montanhas e mares, conectando desde a costa chinesa do Pacífico às costas atlânticas da Europa e da África; da Escandinávia ao Oceano Índico.

Desde os tempos neolíticos até se consolidarem há 2000 anos – muito antes das navegações transatlânticas descobrirem um novo Mundo e a aviação conectar todas as regiões do globo – as rotas formaram a principal artéria intercontinental do planeta, por onde trafegavam mercadores, viajantes, missionários e peregrinos permutando mercadorias e ideias, mas também doenças e violência. Através de suas veias e vasos capilares o Oriente e o Ocidente trocaram entre si o melhor de sua comida, indústria e arte, nutrindo os fluxos de ascensão e queda de grandes impérios gregos, iranianos, árabes ou turcos. Nelas os povos bárbaros e exóticos da Europa conheceram as civilizações mais veneráveis da Ásia, e receberam delas tecnologias revolucionárias, como a pólvora ou o papel. Elas canalizaram as conquistas de Alexandre o Grande ou Gengis Khan e as aventuras de Marco Polo e outros comerciantes. Através delas floresceram cidades legendárias, como Persépolis, Samarkand ou Xanadu; os mongóis, e, em nosso tempo, os russos, ergueram os mais vastos impérios do mundo; os califas muçulmanos e os imperadores chineses se bateram; as antigas religiões do Oriente Médio, como o judaísmo, o zoroastrismo, o maniqueísmo e as primeiras seitas cristãs confluíram para a Ásia profunda, e o budismo e o Islã disseminaram-se ao norte, sul, leste e oeste tornando-se religiões mundiais. Nelas, uma das duas civilizações mais antigas do mundo e uma das duas mais poderosas de nosso tempo, a China, se encontrou com aquela que foi comparativamente a mais poderosa de todos os tempos, Roma.

Após as navegações transatlânticas, as rotas perderam muito de seu apelo, mas ainda catalisaram maravilhas modernas como o Canal de Suez ou a Ferrovia Trans-Eurasiana. E em nosso tempo a China planeja investimentos trilionários na “Nova Rota da Seda” que impactarão diretamente as economias da Ásia, Europa e África e plasmarão a nova ordem geopolítica global. Ao fim, por mais convencional que seja, o nome Rota da Seda não é ruim: a “rota” é uma metáfora para o eterno percurso do sol crescente ao sol poente e vice-versa. E para o comércio internacional e seus bens – o ouro, o luxo, a aventura, o poder – nada simboliza melhor que a “seda” a cor, a luz, a leveza e a fugacidade que tecem estes sonhos.

Escutar o podcast AQUI

Fonte: https://oestadodaarte.com.br/