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Biblioteca Escolar ESJP

07
Dez21

CARL JUNG | ENTREVISTA

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Carl Gustav Jung, psicoterapeuta suíço, é conhecido pela comunidade da psicologia como o fundador da psicologia analítica. Contemporâneo de Sigmund Freud, chegou a trocar correspondência e ideias com o austríaco, acabando por se afastar deste por algumas divergências conceptuais (enquanto Freud conduzia as suas ideias à luz da sexualidade, Jung acreditava no peso dos fenómenos espirituais). Assim, o helvético construiu conceitos originais e abriu novas perspetivas de entendimento da mente humana, desdobrando-se da sombra de Freud a partir de ideias como os arquétipos e o inconsciente coletivo.

A psicologia analítica é um ramo da psicologia que estuda mais a fundo a mente humana, nomeadamente o consciente, o inconsciente e a relevância do passado e dos traumas no comportamento de um dado indivíduo. Integrando-se neste tipo Freud através dos conceitos sexuais e da psicanálise, foi Carl Jung que deu os primeiros passos numa incipiente e até controversa área de estudo. Começando pelo conceito de complexo, o suíço entendeu-o como um grupo de ideias inconscientes associadas a eventos ou experiências dotados de uma atividade psíquica intensa. Regularmente estimulados por contactos estabelecidos com outrem, a emoção e as imagens mentais aumentam de intensidade e em extensão temporal consoante a raiz e a dimensão do complexo. Por exemplo, uma dada música pode desencadear uma memória que envolva um alguém, podendo também este vir à tona através de um objeto ou de outro alguém que nos remeta ao primeiro.

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06
Dez21

NARCISISMO

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Transtorno de personalidade narcisista é um dos vários tipos de transtornos de personalidade. Trata-se de uma condição mental em que as pessoas têm um senso inflado de sua própria importância, uma profunda necessidade de atenção e admiração excessivas, relacionamentos conturbados e falta de empatia pelos outros. Mas por trás dessa máscara de extrema confiança está uma frágil autoestima que é vulnerável à menor crítica.

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25
Nov21

NOVIDADE | COLEÇÃO CLUBE DAS AMIGAS

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O “Clube das amigas” não é obviamente um conjunto de histórias que sejam do agrado dos rapazes. Todavia, são um olhar muito interessante e muito fiel do mundo das adolescentes, um mundo cheio de mágoas, ansiedades, vaidades, complexos, desejos, e muitos, muitos sonhos para conquistar.

         Qualquer aluna de 13, 14 anos facilmente se identificará com os grandes dramas e alegrias das heroínas destes livros: escrevem diários, confessando os seus amores e brigas que acontecem sempre numa família, descrevem a sua turma e escola, falam de blusões de cabedal e modas coloridas, zangam-se com as amigas, apaixonam-se pelo rapaz errado e, se sobrar algum tempo, É Tempo de Pensar na Minha Vida!

        Longe vão os tempos em que existiam duas bibliotecas: os “livros para as meninas” e os “livros para os rapazes” já não são tão óbvios e, atualmente, já é comum depararmo-nos com uma história de amor numa obra de ficção científica (os Jogos da Fome são o exemplo perfeito disso). Mas temos que admitir que os homens e as mulheres não pensam da mesma forma – se bem que sejam perfeitamente capazes de chegarem aos mesmos objetivos. 

JÁ DISPONÍVEL NA NOSSA BIBLIOTECA

 

18
Nov21

O CÉREBRO TEM UM BOTÃO PARA APAGAR

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Um velho ditado da neurociência diz que neurónios que disparam em conjunto, acabam por funcionar em conjunto. Isso significa que, quanto mais se ativa um circuito neuronal, mais este sai reforçado. Este facto neurológico é facilmente corroborado pela nossa experiência e intuição. Quanto mais praticamos algo, mais proficientes ficamos nessa tarefa. 

Esta abordagem tem sido abundantemente utilizada, como técnica para se aprender coisas novas, mas novos dados mostram que há mais para além disso. Aprender coisas novas é mais do que fortalecer ligações neuronais e pesquisas recentes parecem demonstrar que pelo menos igualmente importante é o chamado ”corte sináptico”, ou seja o processo pelo qual o cérebro desmantela algumas das ligações mais antigas e menos usadas.

As células neurogliais são há muito conhecidas como um género de facilitadoras, que aceleram a passagem de informação entre neurónios. Mas há também um conjunto de células microgliais que atuam em conjunto com a proteína, C1q, que serve de marcador. Quando estas detetam essa proteína ligam-se e interrompem essa sinapse.

E é essa interrupção que consitui o processo que cria condições para novas aprendizagens, num género de botão que apaga o que não é necessário. As células microgliais necessitam ter oportunidade e tempo para atuar, e dormir é fundamental para ativar esse processo. É por isso que um bom sono noturno ou até pequenas sestas, nos faz sentir revirorados. O cérebro livrou-se do que não precisava e arranjou espaço para novas coisas.

Por enquanto não são conhecidos detalhes da forma como os marcadores selecionam o que deve ser apagado, mas sabe-se que está relacionado com a pouca utilização dada a essas sinapses e portanto, de alguma maneira, podemos controlar o processo refletindo bem sobre aquilo que é mais importante preservar.

Crédito da foto: NICHD/P. BASSER

COGITO

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14
Jun21

COMO EVITAR O BULLYING

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O bullying é um problema comum em qualquer escola. Se você tem medo de sofrer essa violência, pode aprender a evitar passar por situações do tipo. Caso aconteça algo, nunca se culpe; a responsabilidade é sempre de quem perpetua o ato. Ainda assim, você pode fazer algumas coisas para reduzir as chances de se tornar vítima. Aprenda a adotar atitudes calmas e confiantes para afastar os bullies, evite as áreas da escola que eles frequentam etc. Se não conseguir evitar esse encontro, denuncie a situação a um adulto. Quando a vítima não se manifesta, pode sofrer consequências sérias.

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06
Mai21

LITERACIA EMOCIONAL - AS 5 COMPONENTES

BE - ESJP

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Que fatores explicam que pessoas com um Quociente de Inteligência elevado fracassem na vida pessoal e no trabalho e outras com um QI modesto triunfem e se realizem? Na vida diária que inteligências são mais importantes? Podem ser aprendidas, estando ao alcance de todos?

“A inteligência interpessoal é a capacidade de compreender as outras pessoas; o que as motiva, como é que funcionam, como trabalhar cooperativamente com elas. Os vendedores, políticos, professores, clínicos e líderes religiosos bem-sucedidos terão tendência para ser pessoas possuidoras de um elevado nível de inteligência interpessoal. (…) a inteligência intrapessoal – conhecimento dos aspetos internos da pessoa: acesso à própria vida dos sentimentos; ao próprio leque de emoções, capacidade de discriminar essas emoções e, eventualmente, de as rotular e utilizar como meio de compreender e orientar o próprio comportamento” 1.

Jornalista científico na área do comportamento humano, Goleman desenvolve e torna acessível o modelo de inteligência emocional criado pelos investigadores Peter Salovey e John Mayer, pioneiros em inteligência emocional, a partir das inteligências pessoais de Gardner. O artigo em linha, What Makes a Leader? (1998) e o best seller internacional, Emotional Intelligence (1995) são fontes importantes desta redefinição em cinco componentes.

1. Conhecer as próprias emoções

Conhece-te a ti mesmo é o conselho que o oráculo de Delfos dá a Sócrates há mais de 2400 anos e que implica identificar e compreender as próprias forças e fraquezas, necessidades e motivações e de como estas podem afeta-lo, a si e aos outros, na vida pessoal e profissional.

Traduz-se na autoconsciência e permite reconhecer um sentimento quando ele ocorre (a partir de pistas vocais e faciais, linguagem verbal e comportamento), expressa-lo e avaliar a sua intensidade.

Esta componente é importante porque as emoções ocorrem rapidamente - acontecem-nos! - e resultam num juízo imediato e primário, feito por associação livre e, ao termos consciência delas, podemos, em certa medida, controlar o seu curso e expressão em nosso favor, acrescentando-lhes inteligência, razão.

Há agressores que interpretam hostilidade em expressões faciais neutras porque não sabem identificá-las e jovens que não sabem distinguir ansiedade e fome (distúrbios alimentares).

2. Gerir emoções

Desenvolver uma conversa interior (ou em voz alta), no sentido de se tranquilizar, afastando ou redirecionando a tristeza, ansiedade e irritabilidade, de forma a não ficar prisioneiro dos próprios sentimentos e impulsos, perdendo o controlo de si próprio e domínio dos acontecimentos.

Estados de espírito agradáveis aumentam a capacidade de pensar de forma complexa e encontrar soluções interpessoais. Questionar e interromper fluxos de pensamento pessimista pode ser aprendido.

Suspender o juízo, pesquisar mais informação, escutar os outros e pensar antes de agir conduz à auto-regulação emocional que está na base da confiança, integridade, capacidade de lidar com a mudança, características pessoais e organizacionais fundamentais.

“Não há sentimentos que não se devam ter”, há é reações corretas e outras não: “Qualquer um pode zangar-se – isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na justa medida, no momento certo, pela razão certa e de certa aneira – isso não é fácil”, diz Aristóteles em Ética a Nicómaco 3.

Quando se torna difícil o controlo emocional, esfriar (por exemplo, dar uma volta, ir fazer bricolage), distrair-se (ler um livro, ouvir música, jogar, fazer exercício físico), conviver (ir ao cinema com família ou amigos), satisfazer prazeres sensuais (comer o prato favorito, tomar um banho quente) ajudam a modificar o estado de espírito e podem ser mais eficazes do que chorar (tende a aumentar a ruminação e estado de mal-estar) e explodir (aumenta o estado de entropia do cérebro, levando por vezes as pessoas a sentirem-se mais zangadas) – a catarse, libertação de sentimentos socialmente prejudiciais, como medo ou fúria, valorizada por Aristóteles, tem benefícios quando orientada para atividades socialmente valorizadas, como artes ou desporto.

Alguém emocionalmente perturbado tem dificuldade no desempenho porque as emoções afetam a concentração e memória de trabalho, responsável pela informação dirigida à tarefa.

3. Motivar-se

Prosseguir objetivos com energia e persistência, controlando a impulsividade e adiando a recompensa, trabalhando por razões além de dinheiro e estatuto (fatores externos), para alcançar a realização, pessoal e do grupo, é próprio de pessoas apaixonadas por aprender e trabalhar, persistentes e que procuram desafios criativos e superação. Estas controlam e mobilizam as emoções, colocando-as ao serviço da tarefa e, nestes momentos, desenvolvem total concentração, ficando alheadas da realidade, perdendo a consciência de si (autoesquecimento). Estes momentos, estudados e descritos pelo psicólogo croata Mihaly Csikszentmihalyi, como estado de fluxo, correspondem ao limite positivo da aplicação da inteligência emocional.

Geralmente as pessoas que se motivam facilmente possuem elevado nível de esperança, não se deixam dominar por uma atitude derrotista ou ansiosa e encontram formas flexíveis de alcançar o objetivo. A esperança e otimismo são atitudes emocionalmente inteligentes que podem ser aprendidas e um certo grau de preocupação e ansiedade fazem parte da motivação e são benéficos para o desempenho.

4. Reconhecer as emoções dos outros

empatia traduz-se na capacidade de identificar e compreender as emoções dos outros, adaptando o próprio comportamento às reações deles. Uma pessoa empática não é a que tenta agradar a todos, mas a que, nas suas decisões, tem em conta os sentimentos e pontos de vista de todos os elementos da equipa, mantendo-a coesa. Inclusive, se for o caso de criticar/ elogiar, faz com que a crítica seja específica, propõe uma solução, fá-lo em presença e em privado e é sensível às reações da outra pessoa.

É fundamental para:

- Cooperação e trabalho em equipa;

- Altruísmo, compaixão e solidariedade;

- Lidar com as diferenças e preconceitos na vida diária das sociedades interculturais, geradas pela mobilidade e globalização.  

5. Gerir relacionamentos

Tal como a empatia, a competência social é uma habilidade para se relacionar com os outros, movendo-os na direção pretendida, sob o pressuposto de que sozinho não se chega longe. É particularmente importante nos líderes, mas também nas relações pessoais, fazendo amigos.

Falar e fazer perguntas aos colegas durante a brincadeira, escutar e observa-los para ver como se comportam, dar-lhes um elogio quando tiveram bom desempenho e palavras de encorajamento quando vão realizar uma prova difícil, sorrir e oferecer ajuda, podem ser formas de estreitar amizades.

 

Estas cinco competências são fundamentais porque:

- Preparam para as vicissitudes da vida diária e relacionamentos;

- Afetam o bem-estar, desempenho e, inclusive, posições éticas;

- Níveis académicos elevados e progresso tecnológico, não tem resultado em melhores níveis de equilíbrio emocional, satisfação e solidariedade social. As perturbações mentais aumentam com a idade, mas os jovens, a partir dos 14 anos, são quem regista maior acréscimo de perturbação 4.

Estas competências podem ser aprendidas em contexto escolar e Goleman influencia a criação de programas educativos para bem-estar ou autoregulação emocional e sucesso académico, como PATHS (Parents and Teachers Helping Students) 5.

Ler o artigo completo AQUI no blogue da RBE.

14
Fev21

REPENSANDO A INFEDILIDADE

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A infidelidade é a traição final. Mas tem que ser? A terapeuta de relacionamento Esther Perel examina por que as pessoas enganam e desvenda por que os casos amorosos são tão traumáticos: porque ameaçam nossa segurança emocional. Na infidelidade, ela vê algo inesperado - uma expressão de saudade e perda. Uma vigilância obrigatória para qualquer pessoa que já tenha traído ou sido traída, ou que simplesmente deseja uma nova estrutura para compreender relacionamentos.

14
Fev21

AMOR E DESEJO

BE - ESJP

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Em relações de longo prazo, muitas vezes esperamos que nosso amado seja o melhor amigo e parceiro erótico. Mas, como Esther Perel argumenta, o sexo bom e comprometido baseia-se em duas necessidades em conflito: nossa necessidade de segurança e nossa necessidade de surpresa. Então, como você sustenta o desejo? Com sagacidade e eloqüência, Perel nos deixa entrar no mistério da inteligência erótica.

Legendas em Português

19
Jun20

Normose: a patologia da normalidade

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Roberto Crema, psicoterapeuta há mais de 40 anos fala da patologia da normalidade, que são hábitos, atitudes, comportamentos dotados de consenso social. Por exemplo, a guerra legal é talvez o mais mortífero dos comportamentos da normose.

A normose é uma doença típica de momentos onde predomina a violência, a intolerância, a falta de saber escutar, a corrupção, a desumanidade, numa só palavra - o egocentrismo - gente que não se importa.

O racismo, o machismo, a homofobia são normoses. Podemos ainda falar de outros tipos de normose. A normose ambiental ou a normose da especialização...