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Biblioteca Escolar ESJP

19
Jan23

EUGÉNIO DE ANDRADE | CENTENÁRIO

BE - ESJP

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Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, nasceu a 19 de janeiro de 1923 no Fundão. Manteve sempre uma postura de independência relativamente aos vários movimentos literários com que a sua obra coexistiu ao longo de mais de cinquenta anos de atividade poética. Revelou-se em 1948, com As Mãos e os Frutos, a que se seguiria, em 1950, Os Amantes sem Dinheiro. Os seus livros foram traduzidos em muitos países e ao longo da sua vida foi distinguido com inúmeros prémios, entre eles o Prémio Camões, em 2001. Morreu a 13 de junho de 2005 no Porto, cidade que o acolheu mais de metade da sua vida.

Urgentemente

É urgente o Amor,
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros,
e a luz impura até doer.
É urgente o amor, 
É urgente permanecer.


17
Jan23

CONCURSO DE POESIA ESJP

BE - ESJP

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O Concurso de Poesia é uma iniciativa do Grupo Disciplinar de Português e o seu intuito é
comemorar o Dia Mundial da Poesia (dia 21 de março).
Este concurso é coordenado pela professora Joaquina Grilo e conta com a colaboração da
Biblioteca Escolar.


1. OBJETIVO
O Concurso de Poesia tem como objetivo promover o gosto pela leitura e pela escrita de texto
poético.


2. DESTINATÁRIOS DO CONCURSO
O concurso é dirigido a todos os alunos da Escola Secundária Jorge Peixinho (ESJP), sendo os
mesmos divididos em dois escalões:
- 1.º Escalão – alunos do 3.º Ciclo do Ensino Básico;
- 2.º Escalão – alunos do Ensino Secundário.


3. NORMAS PARA PARTICIPAÇÃO NO CONCURSO
▪ A participação no concurso é individual.
▪ Os poemas não estão subordinados a nenhum tema específico.
▪ Os poemas têm como limite máximo 14 versos e terão de indicar um título.
▪ Os textos apresentados a concurso têm de estar devidamente identificados com os dados
dos respetivos autores: nome completo (sem abreviaturas), número, ano e turma. Têm
também de indicar o pseudónimo do seu autor (nome artístico escolhido pelo aluno).
▪ Cada participante pode concorrer com um poema.
▪ São admitidos a concurso apenas trabalhos originais e não publicados.


4. ENVIO DOS POEMAS
Os poemas para concurso são enviados em formato Word para o endereço eletrónico:
concurso.poesia@esjp.pt


5. DIREITOS DE AUTOR
Ao participarem neste concurso, os autores permitirão a publicação/divulgação dos seus trabalhos
quer durante o concurso, quer em ocasiões posteriores.


6. SELEÇÃO DOS POEMAS
▪ Serão selecionados os três melhores poemas dos concorrentes do 3.º Ciclo e os três
melhores dos concorrentes do Secundário.
▪ A análise e seleção dos textos é da responsabilidade de um júri constituído por três
professores.
▪ Os poemas a concurso serão avaliados de acordo com os critérios seguintes:
- correção linguística e formal (adequação morfológica e sintática);
- riqueza de conteúdo;
- originalidade e estilo.
▪ O júri reserva-se o direito de não selecionar o número de textos previsto por ciclo de
ensino, se o nível dos trabalhos não for merecedor de seleção.
▪ As decisões do júri são soberanas, pelo que não são sujeitas a recurso.

 

7. CALENDARIZAÇÃO DAS ETAPAS DO CONCURSO
O concurso decorre entre janeiro e março de 2023 e rege-se pelos seguintes prazos:
▪ Divulgação do concurso: até 16 de janeiro
▪ Receção dos poemas: de 16 de janeiro até às 23h59m do dia 24 de fevereiro.
▪ Análise e seleção dos poemas pelo júri: de 27 de fevereiro a 17 de março.
▪ Divulgação dos vencedores: 21 de março, Dia Mundial da Poesia.
8. DIVULGAÇÃO
A divulgação do concurso é feita através de cartazes afixados em vários espaços da escola, da
sua publicitação na página da escola na internet e no blogue da Biblioteca Escolar e, ainda, dos
professores de Português.
A divulgação dos vencedores é feita através de cartaz afixado na escola, através da página da
escola na internet e através do blogue da Biblioteca Escolar.
9. RECONHECIMENTO PÚBLICO E PRÉMIOS
Os autores dos poemas premiados serão distinguidos publicamente, em data a anunciar, com a
atribuição de um diploma e de um prémio (previsivelmente material livro).


10. CASOS OMISSOS
Os casos omissos neste Regulamento serão supridos e decididos pelo júri deste concurso.

21
Out21

CONCURSO DE POESIA | 2021-2022

BE - ESJP

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Até 26 de novembro, cria o teu poema e participa na fase escolar do concurso nacional de poesia.

 

REGULAMENTO

O concurso “Faça lá um poema” é uma iniciativa conjunta do Plano Nacional de Leitura 2017-
2027 (PNL2027) e dos CTT – Correios de Portugal, SA, para celebrar, anualmente, o Dia Mundial
da Poesia.
A fase escolar do concurso é coordenada pela professora Joaquina Grilo e conta com a
colaboração da Biblioteca Escolar.
1. OBJETIVO
O concurso “Faça lá um poema” tem como objetivo incentivar o gosto pela leitura e pela escrita
de poesia.
2. DESTINATÁRIOS DO CONCURSO
A 1.ª fase do concurso é dirigida aos alunos do 3.º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino
Secundário da Escola Secundária Jorge Peixinho (ESJP).
3. NORMAS PARA PARTICIPAÇÃO NO CONCURSO
 A participação no concurso é individual.
 Os poemas não estão subordinados a nenhum tema específico.
 Os poemas têm como limite máximo 14 versos.
 Os textos apresentados a concurso têm de estar devidamente identificados com os
dados dos respetivos autores: nome completo (sem abreviaturas), número, ano e turma.
Têm também de indicar o pseudónimo (nome artístico) que será utilizado em caso de
seleção para a fase nacional.

4. ENVIO DOS POEMAS
Os poemas para concurso deverão ser enviados em formato Word para o endereço eletrónico:
concurso.poesia@esjp.pt
5. SELEÇÃO DOS POEMAS
 Serão selecionados os três melhores poemas dos concorrentes do 3.º Ciclo e os três
melhores dos concorrentes do Secundário.
 A seleção dos textos é da responsabilidade de um júri constituído por três professores
da ESJP.
 Os poemas a concurso serão selecionados de acordo com critérios de criatividade,
adequação morfológica e sintática, riqueza de conteúdo, de estilo e de originalidade do
tema.
 O júri poderá não selecionar o número de textos previsto por ciclo de ensino, se o nível dos
trabalhos não for merecedor de seleção.
 As decisões do júri são soberanas, pelo que não são sujeitas a recurso.

6. CALENDARIZAÇÃO DAS ETAPAS DA FASE ESCOLAR DO CONCURSO
A fase de escola do concurso “Faça lá um poema” decorre entre outubro e dezembro de 2021.
 Envio dos poemas: até às 23h59m do dia 26 de novembro de 2021.
 Seleção dos poemas que representarão a escola na fase nacional: de 29 de novembro a
14 de dezembro.
 Afixação dos resultados: 16 de dezembro.
7. DIVULGAÇÃO
A divulgação do concurso é feita através de cartazes afixados em vários espaços da escola, da
sua publicitação na página da escola na internet e no blog da Biblioteca Escolar e, ainda, dos
professores de Português.
A divulgação dos resultados da fase escolar é feita através de cartaz afixado na escola e
através da página da escola na internet.
8. RECONHECIMENTO PÚBLICO E PRÉMIOS
Os autores dos poemas selecionados para a fase nacional serão distinguidos, previsivelmente,
na cerimónia do Dia da Escola, com a atribuição de um diploma e de um prémio.

 

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23
Jun21

COMO NASCE A POESIA | ALLAN POE

BE - ESJP

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No ensaio Filosofia da Composição (1846), o escritor norte-americano Edgar Allan Poe desnuda o percurso da criação poética, servindo-se do seu célebre poema “O Corvo” – “The Raven” na língua original – como meio para explicar a criação artística.

Refletindo sobre as motivações da produção literária, o autor assinala que as narrativas tendem a fornecer uma tese, bem como a assumirem-se como um relato de experiências vivenciais, às quais se aliam as descrições, os diálogos e os comentários do escritor. Poe, que interpreta as respetivas motivações como um erro, defende essencialmente a importância do efeito, que deverá acarretar um outro traço relevante: a originalidade.

O escritor norte-americano destaca o quão interessante seria chegar até ao leitor um artigo – que nem um diário de bordo – no qual cada autor registasse todos os passos da sua produção literária de modo a desmitificá-la. Porém, parece-lhe que o desejo em manter uma perceção romântica da produção artística tende a imperar, fazendo dominar a ideia de criação inspirada e intuitiva.

Contrariando este paradigma, Poe apresenta o modus operandi utilizado para construir um dos seus poemas mais afamados: “O Corvo”. A questão está colocada: como se elabora um poema? Na perspetiva do autor, não há obra que não seja meticulosamente pensada, estabelecendo até um paralelismo entre um poema e “a lógica rigorosa dum problema matemático”.

Em primeiro lugar, o escritor deverá focar-se na extensão da obra, que deverá fazer jus à elevação ou excitação que o poema comporta e proporciona. Por conseguinte, a extensão da obra poética será crucial na difusão do seu efeito. Poe propõe a solução: o seu poema deverá conter cerca de cem versos; cento e oito, com precisão.

A segunda questão que se impõe é a escolha da impressão, ou seja, que efeito o escritor pretende disseminar no âmago do leitor. Para o autor norte-americano, é fundamental que um poema seja “universalmente apreciável”, outorgando à beleza o traço medular da poesia. Portanto, se o belo é a expressão mais eloquente da poesia, “qual será o tom da sua mais alta manifestação”? Esta nova inquietação traz consigo uma resposta que toca todo o ser humano: a tristeza e a melancolia.

Tendo em conta que a extensão, a impressão e o tom estão pensados, segue-se uma quarta reflexão: a chave para a elaboração de um poema. Na perspetiva de Poe, não há nada mais universal do que um estribilho singular que, de modo a equilibrar a facilidade de variação e a brevidade da frase, se resumiria a uma só palavra. Ao construir o seu poema com um refrão, torna-se imprescindível que a obra se divida em estâncias, sendo estas concluídas pelo mesmo. Consequentemente, Poe deduz que, de modo a atribuir ênfase ao estribilho, tornou-se premente escolher sons que fizessem jus à melancolia do poema. Opta, portanto, por um o extenso que associa a um r bem vigoroso. A junção destes sons encaminhou o autor para a palavra nevermore (nunca mais).

desideratum seguinte foi selecionar o pretexto em que a respetiva palavra fosse empregada continuamente. Pareceu-lhe mais sensato que fosse proferida por um animal dotado de palavra, tendo considerado o papagaio, mas rapidamente substituído pelo corvo, que, também dotado de palavra, se adequa mais ao tom melancólico do poema.

Qual seria, por conseguinte, o topus mais poético e universal de todos? A morte surge-lhe como resposta. Morte de uma mulher bela, morte chorada por um amante que se vê privado do seu amor. Um cadáver, um amante martirizado e um corvo que profere nevermore são os elementos que constituem o poema. Porém, como combinar os três eixos? Resguardando-se da escuridão e da tempestade, o corvo entraria pela janela e viria responder às questões apaixonadas, supersticiosas e desesperadas de um amante derrotado no seu quarto, espaço este santificado.

A deceção, o desgosto e a raiva do sujeito avolumam-se quando o termo evocado continuamente pelo corvo o privam todas as esperanças de rever a mulher amada. Quando o poema se encontra no apogeu está, assim, pronto a ser terminado, pois “até ao momento, cada coisa ficou nos limites do explicável, do real.” Em suma, na perspetiva de Poe, um poema deverá mesclar um tanto de complexidade e um tanto de sugestividade, procurando que o “excesso de sentido sugerido” seja uma subcorrente do tema e não a sua corrente superior.

Ao longo d’A Filosofia da Composição, Poe opõe-se, assim, à conceção romântica da criação artística, deslindando e desmistificando a origem do trabalho poético, configurando-o como um processo árduo e de reflexão.

Texto de Cátia Sousa Vieira

https://www.comunidadeculturaearte.com/como-nasce-a-poesia-nas-palavras-de-edgar-allan-poe/?fbclid=IwAR1C7k58GsueIQD9m6UFkB5W7xqJVxRr3DDJihu8escv0QivdEHTX2seYq8