JOSÉ SARAMAGO | EXPOSIÇÃO DO CENTENÁRIO
Está patente na Biblioteca Escolar uma exposição comemorativa do centenário do nascimento de José Saramago (1922-2022), nosso Prémio Nobel da Literatura em 1998.
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Está patente na Biblioteca Escolar uma exposição comemorativa do centenário do nascimento de José Saramago (1922-2022), nosso Prémio Nobel da Literatura em 1998.
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Sábado dia 19 de fevereiro, no Fórum Cultural de Alcochete às 21.30h. Entrada grátis
Guião: Cristina Paiva, Rodolfo Castro, João Brás
Textos: Abade de Jazente , Ana Hatherly, António Gedeão, Aristóteles, Eça de Queirós, Fernando Pessoa, Garcia de Resende, Gonçalo M. Tavares, Hélia Correia, Homero, José Saramago, Luís de Camões, Luis Filipe Parrado, Maria Teresa Horta, Mário Cesariny, Mário de Sá Carneiro, Nuno Júdice, Regina Guimarães, Ruy Belo, Tatiana Alves, Valério Romão, Vinicius de Moraes e Wislawa Szymborska
Encenação: Rodolfo Castro
Interpretação: Cristina Paiva, Lia Vohlgemuth e João Brás
Música: Joaquim Coelho
Coreografia: Lia Vohlgemuth e Rodolfo Castro
Figurinos: Maria Luiz
Execução de guarda-roupa: Margarida Viana
Som: Fernando Ladeira
Realizaram-se leituras da obra de José Saramago , no passado dia 16 de Novembro, no âmbito das comemorações do centenário do nascimento do nosso Nobel da Literatura 1998.
“Ricardo Reis, idade quarenta e oito anos, natural do Porto, estado civil solteiro, profissão médico, última residência Rio de Janeiro, Brasil, donde procede, viajou pelo Highland Brigade, parece o princípio duma confissão, duma autobiografia íntima, tudo o que é oculto se contém nesta linha manuscrita, agora o problema é descobrir o resto, apenas. (…) Ricardo Reis vai aos jornais, ontem tomou nota das direcções, antes de se deitar, afinal não foi dito que dormiu mal, estranhou a cama ou estranhou a terra, quando se espera o sono no silêncio de um quarto ainda alheio, ouvindo chover na rua, tomam as coisas a sua verdadeira dimensão, são todas grandes, graves, pesadas, enganadora é sim a luz do dia, faz da vida uma sombra apenas recortada, só a noite é lúcida, porém o sono a vence, talvez para nosso sossego e descanso, paz à alma dos vivos. (…) Causou dolorosa impressão nos círculos intelectuais a morte inesperada de Fernando Pessoa, o poeta do orfeu, espírito admirável que cultivava não só a poesia em moldes originais mas também a crítica inteligente, morreu anteontem em silêncio, como sempre viveu, mas como as letras em Portugal não sustetam ninguém, Fernando Pessoa empregou-se num escritório comercial, e, linhas adiante, junto do jazigo deixaram os seus amigos flores de saudade.”
in O Ano da Morte de Ricardo Reis, editora Caminho.
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Em meados do século XVI o rei D. João III oferece a seu primo, o arquiduque Maximiliano da Áustria, genro do imperador Carlos V, um elefante indiano que há dois anos se encontra em Belém, vindo da Índia.
Do facto histórico que foi essa oferta não abundam os testemunhos. Mas há alguns. Com base nesses escassos elementos, e sobretudo com uma poderosa imaginação de ficcionista que já nos deu obras-primas como Memorial do Convento ou O Ano da Morte de Ricardo Reis, José Saramago coloca nas mãos dos leitores esta obra excecional que é A Viagem do Elefante. (texto disponíbilizado pela Wook).
As comemorações do centenário de José Saramago começam em novembro de 2021 prolongando-se até 16 de novembro de 2022, dia de aniversário do escritor. Durante doze meses teremos o privilégio de festejar o escritor e a sua obra. Leia também Um Autor por Mês: José Saramago.
Assinalando a abertura do Centenário, no dia 16 de novembro de 2021 realizar-se-ão, em 100 Escolas Básicas portuguesas, sessões de leitura do conto “A Maior Flor do Mundo”. As informações sobre a iniciativa estão disponíveis em Leituras Centenárias.
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Em 2021, comemora-se o centenário do nascimento de Maria Judite Carvalho. O PNL2027 associa-se a estas comemorações, divulgando a sua obra, estudos e livros sobre a autora, assim como outros eventos.
Maria Judite de Carvalho (1921-1998) escritora portuguesa, unanimemente considerada uma das vozes femininas mais importantes da literatura nacional do século XX.
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Em 1867, ao prefaciar uma das suas primeiras recolhas de literatura popular, Teófilo Braga, sugerindo uma imagem catastrófica da situação do país, referiu-se desta forma ao seu trabalho: "coligir a poesia popular portuguesa agora, no momento de transe, é como a garrafa ao mar que se atirava nos naufrágios: é para que se saiba que existiu este povo, que também sofreu e cantou". Tal sentimento nacionalista jamais viria a abandonar a sua obra antropológica, o que aliás se explica dada a matriz romântica em que ela assentava. E mesmo quando Teófilo Braga se orientou gradualmente para preocupações de cunho mais científico, isso não significou uma verdadeira ruptura com a perspectiva inicial. São pois os ecos da problemática da identidade nacional, na sua dupla vertente romântica e científica, que podemos reencontrar nestes Contos Tradicionais do Povo Português que, de resto, e independentemente do espírito com que foi concebida e realizada a sua colectânea, propõem ao leitor um conjunto de narrativas cujo fascínio permanece intacto, constituindo além disso um valiosíssimo acervo de informações em áreas que, como a Antropologia e a História das Mentalidades, se dão como objectivo a tarefa de reflectir sobre as múltiplas manifestações das sociedades tradicionais. Após termos procedido à publicação de O Povo Português nos Seus Costumes, Crenças e Tradições, também da autoria de Teófilo Braga, que tem sido considerada a primeira grande obra de conjunto da etnografia nacional, impunha-se esta reedição dos Contos Tradicionais do Povo Português, que decerto formam, juntamente com a recolha de Adolfo Coelho disponível nesta colecção, uma das mais importantes colectâneas de narrativas populares do nosso país. Também na presente reedição se manteve a divisão da obra em dois volumes, tal como sucedia na sua edição original.
O Terrorista Elegante e Outras Histórias reúne três novelas escritas a quatro mãos pelos dois amigos com base em peças de teatro encomendadas por grupos de teatro portugueses.
“As três novelas que constituem este livro têm por base peças de teatro escritas em conjunto pelos autores em tempos diferentes. O primeiro conto, “O terrorista elegante”, resultou de uma encomenda do grupo de treatro A Barraca, de Lisboa. Os dois últimos, “Chovem amores na rua do matador” e “A caixa preta” , foram escritos como resposta a convites do Trigo Limpo – Teatro ACERT, de Tondela, Portugal.
Escrevemos “Chovem amores na rua do matador” e “A caixa preta” trocando mensagens, a partir de cidades diferentes, um acrescentando o texto do outro. “ O terrorista elegante” foi quase inteiramente escrito em Boane, Moçambique, num jardim imenso, à sombra de um alpendre de colmo. Ali passámos dias, sentados à mesma mesa, cada um diante de um computador, rindo, brincando e apostando na negação da ideia de que a criação literária é sempre um ato profundamente solitário.”
José Eduardo Agualusa e Mia Couto (2019)
in O Terrorista Elegante (2019) Quetzal Editores
José Eduardo Agualusa nasceu na cidade do Huambo, em Angola, a 13 de dezembro de 1960. Estudou Agronomia e Silvicultura. Viveu em Lisboa, Luanda, Rio de Janeiro e Berlim. É romancista, contista, cronista e autor de literatura infantil. Os seus romances têm sido distinguidos com os mais prestigiados prémios nacionais e estrangeiros, como o Independent ou o IMPSC Dublin, tendo sido finalista do Booker.
Mia Couto nasceu na cidade da Beira, em 1955, e tem formação em Biologia. Entre outros, recebeu o Prémio Camões em 2013, o União Latina em 2007, o Vergílio Ferreira em 1999, ou o Neustadt em 2014 – e é autor de livros tão marcantes como Terra Sonâmbula, O Último Voo do Flamingo ou Vozes Anoitecidas.
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nasci no dia vinte e cinco de setembro de mil novecentos e setenta e um, numa cidade angolana outrora chamada henrique de carvalho , hoje conhecida por saurimo. o meu pai trabalhava no banco de angola, antes disso havia sido militar, e passava o tempo arrastando a família de cidade para cidade. a minha irmã marisol nasceu em luanda, o meu irmão marco em nova lisboa e a minha irmã flor nasceu nas férias em guimarães. (...)
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José de Sousa Saramago. É este o nome que perpetua Azinhaga e o seu concelho, Golegã, no mapa português. As origens são modestas, origens que remontam às tradições agrícolas familiares. 16 de novembro de 1922 vê, então, o seu filho pródigo nascer, vendo-o partir dois anos depois para Lisboa, a capital do país. No entanto, por mais que o conhecimento concentrasse os seus desejos e as suas atenções, a sua família passava por privações económicas e o jovem Saramago, que desejava a universidade, viu-se formado numa escola técnica, trabalhando como serralheiro mecânico. No entanto, isso não inibiu a sua paixão livresca, com as noites a serem usufruídas na Biblioteca Municipal, no agora Palácio Galveias.
A tentação de iniciar a escrita conheceu a sua primeira publicação formal em 1947, com “Terra do Pecado”, uma obra que seria revalorizada nos anos 90. Este lançamento culminou com o nascimento da sua filha, Violante, fruto do casamento com a artista Ilda Reis. Este seria o primeiro matrimónio de dois, tendo, entre ambos, vivido com a autora Isabel da Nóbrega. De 1988 até à sua morte, viria a estar com Pilar del Rio, jornalista e tradutora espanhola, que conheceu dois anos antes, relação que é documentada em “José e Pilar” (2010), num documentário de Miguel Gonçalves Mendes; para além dos “Cadernos de Lanzarote” (1993-1998), com o seu quotidiano e suas reflexões e indagações sobre o mundo e demais obras literárias e filosóficas. O seu percurso profissional passou por ser funcionário público, embora o complementasse com algumas traduções que foi fazendo, de autores como Leon Tolstoi ou Charles Baudelaire.
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Mário de Carvalho nasceu em Lisboa em 1944. Licenciou-se em Direito e viu o serviço militar interrompido pela prisão. Desde muito cedo ligado aos meios da resistência contra o salazarismo, foi condenado a dois anos de cadeia, tendo de se exilar após cumprir a maior parte da pena. Depois da Revolução dos Cravos, em que se envolveu intensamente, exerceu advocacia em Lisboa. O seu primeiro livro, Contos da Sétima Esfera, causou surpresa pelo inesperado da abordagem ficcional e pela peculiar atmosfera, entre o maravilhoso e o fantástico.
Desde então, tem praticado diversos géneros literários – Romance, Novela, Conto, Ensaio, Crónica e Teatro –, percorrendo várias épocas e ambientes, sempre em edições sucessivas. Utiliza uma multiforme mudança de registos, que tanto pode moldar uma narrativa histórica como um romance de atualidade; um tema dolente e sombrio como uma sátira viva e certeira; uma escrita cadenciada e medida como a pulsão de uma prosa endiabrada e surpreendente.
Nas diversas modalidades de Romance, Conto, Crónica e Teatro, foram atribuídos a Mário de Carvalho os prémios literários mais prestigiados (designadamente os Grandes Prémios de Romance e Novela, Conto e Teatro da APE, prémios do Pen Clube Português e o prémio internacional Pégaso de Literatura). Os seus livros encontram-se traduzidos em várias línguas.
Obras como Os Alferes, A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho, Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde, O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel, A Liberdade de Pátio ou Ronda das Mil Belas em Frol são a comprovação dessa extrema versatilidade.
Luís de Camões foi um poeta português. Autor do poema Os Lusíadas, uma das obras mais importantes da literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. É o maior representante do Classicismo Português.
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Fernando Pessoa é um dos mais importantes escritores portugueses do modernismo e poetas de língua portuguesa. Este ano comemora-se os 133 anos do seu nascimento.
Destacou-se na poesia, com a criação de seus heterônimos sendo considerado uma figura multifacetada. Trabalhou como crítico literário, crítico político, editor, jornalista, publicitário, empresário e astrólogo.
Nessa última tarefa, vale destacar que Fernando Pessoa explorou o campo da astrologia, sendo um exímio astrólogo e apreciador do ocultismo.
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)
ÁLVARO DE CAMPOS
de Poesia dos outros Eus,
Ed. Assírio e Alvim
voz - Cristina Paiva
música - Funki Porcini
sonoplastia - Fernando Ladeira
Andante - Associação Artística, 2011
Jorge Cândido de Sena nasceu no dia de Finados de 1919, em Lisboa. Era filho de Maria da Luz Teles Grilo e de Augusto Raposo de Sena, comandante da marinha mercante. A sua infância de «filho único e tardio» sem amigos, salvo primos e primas, com quem raramente brincava, muito protegido pela mãe e com um pai largamente ausente, foi extremamente solitária. Com as devidas distâncias entre a ficção e a biografia, o seu conto «Homenagem ao papagaio verde», deixa entrever o ambiente dramático familiar, marcado, do ponto de vista da criança, por uma «solidão acorrentada».
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A minha língua é a tua língua - E de novo a celebrar a nossa língua, desta vez com a biblioteca de Abrantes.
Cristina Paiva, Andante - Associação Aertística, 2021
A amizade entre Jorge Amado e José Saramago teve início quando os dois já iam maduros nos anos e na carreira literária. O vínculo tardio, porém, não impediu que os escritores criassem um forte laço, estendido às suas companheiras de vida, Zélia Gattai e Pilar del Río.
"Com o mar por meio. Uma amizade em cartas "- Jorge Amado e José Saramago (2107)
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“Estamos perante um romance que ultrapassa em muito a invocação de um acontecimento histórico, a revolução democrática portuguesa de 1974, já que se trata de uma reflexão atual sobre a liberdade, a resistência e a esperança. Ao longo do livro, encontramos o ceticismo e a vontade, a dúvida e o empenhamento, mas sobretudo a imperfeição natural das sociedades humanas, que não podem ser aprisionadas pela indiferença ou mesmo pela utopia …(…)
A obra ajuda-nos a compreender o Portugal de hoje. Com preocupações de agora, vemos que um acontecimento como o 25 de abril de 1974 não se resume a uma ocorrência pretérita, porque a liberdade e a democracia são presentes e sempre inacabadas.(…)
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José de Sousa Saramago - (Azinhaga, Golegã, 16 de novembro de 1922 — Tías, Lanzarote, 18 de junho de 2010) foi um escritor português. Galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também ganhou, em 1995, o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Saramago foi considerado o responsável pelo efetivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa. A 24 de Agosto de 1985 foi agraciado com o grau de Comendador da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico e a 3 de Dezembro de 1998 foi elevado a Grande-Colar da mesma Ordem, uma honra geralmente reservada apenas a Chefes de Estado.
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