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Biblioteca Escolar ESJP

26
Set22

VERGÍLIO FERREIRA

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Vergílio Ferreira nasceu em Melo, uma pequena aldeia do concelho de Gouveia, no dia 28 de janeiro de 1916.
Frequentou o Seminário do Fundão, que retratou no romance Manhã Submersa, e que Lauro António adaptou para o cinema, convencendo Vergílio Ferreira a participar no filme, no papel de Reitor do Seminário; e a Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Filologia Clássica, e fazendo o estágio para professor no Liceu D. João III, atual Escola Secundária José Falcão.

Passou por Bragança, Évora e Faro, até ao Liceu Camões, em Lisboa, onde coincidiu com o aluno António Lobo Antunes que o descreve numa crónica (Retrato do Artista Quando Jovem) como “um professor de ruga atormentada na testa como se os rins da alma lhe doessem que atravessava o pátio do recreio torcido por incómodos metafísicos. Um colega mais instruído revelou-me que o professor se chamava Vergílio Ferreira e publicava livros”.

As cidades de Évora e Coimbra fazem parte do imaginário literário de Vergílio Ferreira, mas também a Serra da Estrela e a sua aldeia de Melo, que servem de cenário a densos e profundos textos do autor.

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Fonte: PNL - https://www.pnl2027.gov.pt/np4/home

 

 

16
Fev22

TEATRO | UMA ODISSEIA, O CADÁVER, O PORCALHÃO E A MUSA

BE - ESJP

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Sábado dia 19 de fevereiro, no Fórum Cultural de Alcochete às 21.30h. Entrada grátis

“Fala-me, Musa, do homem versátil que tanto vagueou”, assim começa a Odisseia de Homero.
Pegámos nesta ideia de viagem e aventura para contar uma história, uma odisseia, uma viagem pela literatura portuguesa.
E vamos rir. Sim, rir. Não conhecemos nada tão eficaz para seduzir leitores e já agora, para viver. Havemos de rir com as venturas e desventuras destes personagens convocados nos livros dos autores que nos formaram (Camões, Pessoa, Eça, Garcia de Resende) e dos que nos continuam a ajudar a pensar e a conhecermo-nos melhor (Valério Romão, António Gedeão, José Luís Parrado, Tatiana Alves, José Saramago). Havemos de rir com os seus planos, as suas lutas, as suas aspirações, os seus amores e desamores, com as suas quedas. E a rir, havemos de aprender qualquer coisa. A lermo-nos melhor, por exemplo. E a lutar contra o medo com armas melhores do que pistolas e espadas"
 

Guião: Cristina Paiva, Rodolfo Castro, João Brás

Textos: Abade de Jazente , Ana Hatherly, António Gedeão, Aristóteles, Eça de Queirós, Fernando Pessoa, Garcia de Resende, Gonçalo M. Tavares, Hélia Correia, Homero, José Saramago, Luís de Camões, Luis Filipe Parrado, Maria Teresa Horta, Mário Cesariny, Mário de Sá Carneiro, Nuno Júdice, Regina Guimarães, Ruy Belo, Tatiana Alves, Valério Romão, Vinicius de Moraes e Wislawa Szymborska

Encenação: Rodolfo Castro

Interpretação: Cristina Paiva, Lia Vohlgemuth e João Brás

Música: Joaquim Coelho

Coreografia: Lia Vohlgemuth e Rodolfo Castro

Figurinos: Maria Luiz

Execução de guarda-roupa: Margarida Viana

Som: Fernando Ladeira

 
 
18
Nov21

SUGESTÃO DE LEITURA | O ANO DA MORTE DE RICARDO REIS

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“Ricardo Reis, idade quarenta e oito anos, natural do Porto, estado civil solteiro, profissão médico, última residência Rio de Janeiro, Brasil, donde procede, viajou pelo Highland  Brigade, parece o princípio duma confissão, duma autobiografia íntima, tudo o que é oculto se contém nesta linha manuscrita, agora o problema é descobrir o resto, apenas. (…) Ricardo Reis vai aos jornais, ontem tomou  nota das direcções, antes de se deitar, afinal não foi dito que dormiu mal, estranhou a cama ou estranhou a terra, quando se espera o sono no silêncio de um quarto ainda alheio, ouvindo chover na rua, tomam as coisas a sua verdadeira dimensão, são todas grandes, graves, pesadas, enganadora é sim a luz do dia,  faz da vida uma sombra apenas recortada, só a noite é lúcida, porém o sono a  vence, talvez para nosso  sossego e descanso, paz à alma dos vivos. (…) Causou dolorosa impressão nos círculos intelectuais a morte inesperada de Fernando Pessoa, o poeta do orfeu, espírito admirável que cultivava não só a poesia em moldes originais mas também a crítica inteligente, morreu anteontem em silêncio, como sempre viveu, mas como as letras em Portugal não sustetam ninguém, Fernando Pessoa empregou-se num escritório comercial, e, linhas adiante, junto do jazigo deixaram os seus amigos flores de saudade.”

in O Ano da Morte de Ricardo Reis, editora Caminho.

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08
Nov21

20ª SESSÃO DO CLUBE DE LEITURA PNL 2027

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Em meados do século XVI o rei D. João III oferece a seu primo, o arquiduque Maximiliano da Áustria, genro do imperador Carlos V, um elefante indiano que há dois anos se encontra em Belém, vindo da Índia.

Do facto histórico que foi essa oferta não abundam os testemunhos. Mas há alguns. Com base nesses escassos elementos, e sobretudo com uma poderosa imaginação de ficcionista que já nos deu obras-primas como Memorial do Convento ou O Ano da Morte de Ricardo Reis, José Saramago coloca nas mãos dos leitores esta obra excecional que é A Viagem do Elefante. (texto disponíbilizado pela Wook).

As comemorações do centenário de José Saramago começam em novembro de 2021 prolongando-se até 16 de novembro de 2022, dia de aniversário do escritor. Durante doze meses teremos o privilégio de festejar o escritor e a sua obra. Leia também Um Autor por Mês: José Saramago

Assinalando a abertura do Centenário, no dia 16 de novembro de 2021 realizar-se-ão, em 100 Escolas Básicas portuguesas, sessões de leitura do conto “A Maior Flor do Mundo”. As informações sobre a iniciativa estão disponíveis em Leituras Centenárias.

Mais informação AQUI

 

 

21
Out21

MARIA JUDITE DE CARVALHO ( 1921-1998)

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Em 2021, comemora-se o centenário do nascimento de Maria Judite Carvalho. O PNL2027 associa-se a estas comemorações, divulgando a sua obra, estudos e livros sobre a autora, assim como outros eventos. 

Maria Judite de Carvalho (1921-1998) escritora portuguesa, unanimemente considerada uma das vozes femininas mais importantes da literatura nacional do século XX.

 

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20
Out21

LIVRO DO MÊS DA B.E.

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Em 1867, ao prefaciar uma das suas primeiras recolhas de literatura popular, Teófilo Braga, sugerindo uma imagem catastrófica da situação do país, referiu-se desta forma ao seu trabalho: "coligir a poesia popular portuguesa agora, no momento de transe, é como a garrafa ao mar que se atirava nos naufrágios: é para que se saiba que existiu este povo, que também sofreu e cantou". Tal sentimento nacionalista jamais viria a abandonar a sua obra antropológica, o que aliás se explica dada a matriz romântica em que ela assentava. E mesmo quando Teófilo Braga se orientou gradualmente para preocupações de cunho mais científico, isso não significou uma verdadeira ruptura com a perspectiva inicial. São pois os ecos da problemática da identidade nacional, na sua dupla vertente romântica e científica, que podemos reencontrar nestes Contos Tradicionais do Povo Português que, de resto, e independentemente do espírito com que foi concebida e realizada a sua colectânea, propõem ao leitor um conjunto de narrativas cujo fascínio permanece intacto, constituindo além disso um valiosíssimo acervo de informações em áreas que, como a Antropologia e a História das Mentalidades, se dão como objectivo a tarefa de reflectir sobre as múltiplas manifestações das sociedades tradicionais. Após termos procedido à publicação de O Povo Português nos Seus Costumes, Crenças e Tradições, também da autoria de Teófilo Braga, que tem sido considerada a primeira grande obra de conjunto da etnografia nacional, impunha-se esta reedição dos Contos Tradicionais do Povo Português, que decerto formam, juntamente com a recolha de Adolfo Coelho disponível nesta colecção, uma das mais importantes colectâneas de narrativas populares do nosso país. Também na presente reedição se manteve a divisão da obra em dois volumes, tal como sucedia na sua edição original.

 

 

27
Set21

O TERRORISTA ELEGANTE | SUGESTÃO DA SEMANA | PNL

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O Terrorista Elegante e Outras Histórias reúne três novelas escritas a quatro mãos pelos dois amigos com base em peças de teatro encomendadas por grupos de teatro portugueses. 

“As três novelas que constituem este livro têm por base peças de teatro escritas em conjunto pelos autores em tempos diferentes. O primeiro conto, “O terrorista elegante”, resultou de uma encomenda do grupo de treatro A Barraca, de Lisboa. Os dois últimos, “Chovem amores na rua do matador” e “A caixa preta” , foram  escritos como resposta a convites do Trigo Limpo – Teatro ACERT, de Tondela, Portugal.

Escrevemos “Chovem amores na rua do matador” e “A caixa preta” trocando mensagens, a partir de cidades diferentes, um acrescentando o texto do outro. “ O terrorista elegante” foi quase inteiramente escrito em Boane, Moçambique, num jardim imenso, à sombra de um alpendre de colmo. Ali passámos dias, sentados à mesma mesa, cada um diante de um computador, rindo, brincando e apostando na negação da ideia de que a criação literária é sempre um ato profundamente solitário.”

José Eduardo Agualusa e Mia Couto (2019) 

in O Terrorista Elegante (2019) Quetzal Editores

 

José Eduardo Agualusa nasceu na cidade do Huambo, em Angola, a 13 de dezembro de 1960. Estudou Agronomia e Silvicultura. Viveu em Lisboa, Luanda, Rio de Janeiro e  Berlim. É romancista, contista, cronista e autor de literatura infantil. Os seus romances têm sido distinguidos com os mais  prestigiados  prémios nacionais e estrangeiros, como o Independent ou o IMPSC Dublin, tendo sido finalista do Booker.

 

Mia Couto nasceu  na cidade da Beira, em 1955, e tem formação em Biologia. Entre outros, recebeu o Prémio Camões em 2013, o União Latina em 2007, o Vergílio Ferreira em 1999, ou o Neustadt  em 2014 – e é autor de livros tão marcantes  como Terra SonâmbulaO Último Voo do Flamingo ou Vozes Anoitecidas.

 

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23
Jun21

VALTER HUGO MÃE | AUTOBIOGRAFIA

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valter-hugo-mae.jpgnasci no dia vinte e cinco de setembro de mil novecentos e setenta e um, numa cidade angolana outrora chamada henrique de carvalho , hoje conhecida por saurimo. o meu pai trabalhava no banco de angola, antes disso havia sido militar, e passava o tempo arrastando a família de cidade para cidade. a minha irmã marisol nasceu em luanda, o meu irmão marco em nova lisboa e a minha irmã flor nasceu nas férias em guimarães. (...)

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18
Jun21

SARAMAGO | 1922-2010

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José Saramago: um memorial do filho pródigo de Azinhaga

José de Sousa Saramago. É este o nome que perpetua Azinhaga e o seu concelho, Golegã, no mapa português. As origens são modestas, origens que remontam às tradições agrícolas familiares. 16 de novembro de 1922 vê, então, o seu filho pródigo nascer, vendo-o partir dois anos depois para Lisboa, a capital do país. No entanto, por mais que o conhecimento concentrasse os seus desejos e as suas atenções, a sua família passava por privações económicas e o jovem Saramago, que desejava a universidade, viu-se formado numa escola técnica, trabalhando como serralheiro mecânico. No entanto, isso não inibiu a sua paixão livresca, com as noites a serem usufruídas na Biblioteca Municipal, no agora Palácio Galveias.

A tentação de iniciar a escrita conheceu a sua primeira publicação formal em 1947, com “Terra do Pecado”, uma obra que seria revalorizada nos anos 90. Este lançamento culminou com o nascimento da sua filha, Violante, fruto do casamento com a artista Ilda Reis. Este seria o primeiro matrimónio de dois, tendo, entre ambos, vivido com a autora Isabel da Nóbrega. De 1988 até à sua morte, viria a estar com Pilar del Rio, jornalista e tradutora espanhola, que conheceu dois anos antes, relação que é documentada em “José e Pilar” (2010), num documentário de Miguel Gonçalves Mendes; para além dos “Cadernos de Lanzarote” (1993-1998), com o seu quotidiano e suas reflexões e indagações sobre o mundo e demais obras literárias e filosóficas. O seu percurso profissional passou por ser funcionário público, embora o complementasse com algumas traduções que foi fazendo, de autores como Leon Tolstoi ou Charles Baudelaire.

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09
Jun21

MÁRIO DE CARVALHO

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Mário de Carvalho nasceu em Lisboa em 1944. Licenciou-se em Direito e viu o serviço militar interrompido pela prisão. Desde muito cedo ligado aos meios da resistência contra o salazarismo, foi condenado a dois anos de cadeia, tendo de se exilar após cumprir a maior parte da pena. Depois da Revolução dos Cravos, em que se envolveu intensamente, exerceu advocacia em Lisboa. O seu primeiro livro, Contos da Sétima Esfera, causou surpresa pelo inesperado da abordagem ficcional e pela peculiar atmosfera, entre o maravilhoso e o fantástico.

Desde então, tem praticado diversos géneros literários – Romance, Novela, Conto, Ensaio, Crónica e Teatro –, percorrendo várias épocas e ambientes, sempre em edições sucessivas. Utiliza uma multiforme mudança de registos, que tanto pode moldar uma narrativa histórica como um romance de atualidade; um tema dolente e sombrio como uma sátira viva e certeira; uma escrita cadenciada e medida como a pulsão de uma prosa endiabrada e surpreendente.

Nas diversas modalidades de Romance, Conto, Crónica e Teatro, foram atribuídos a Mário de Carvalho os prémios literários mais prestigiados (designadamente os Grandes Prémios de Romance e Novela, Conto e Teatro da APE, prémios do Pen Clube Português e o prémio internacional Pégaso de Literatura). Os seus livros encontram-se traduzidos em várias línguas.

Obras como Os Alferes, A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho, Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde, O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel, A Liberdade de Pátio ou Ronda das Mil Belas em Frol são a comprovação dessa extrema versatilidade.

 

13
Mai21

FERNANDO PESSOA

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Fernando Pessoa é um dos mais importantes escritores portugueses do modernismo e poetas de língua portuguesa. Este ano comemora-se os 133 anos do seu nascimento.

Destacou-se na poesia, com a criação de seus heterônimos sendo considerado uma figura multifacetada. Trabalhou como crítico literário, crítico político, editor, jornalista, publicitário, empresário e astrólogo.

Nessa última tarefa, vale destacar que Fernando Pessoa explorou o campo da astrologia, sendo um exímio astrólogo e apreciador do ocultismo.

 

13
Mai21

TODAS AS CARTAS DE AMOR SÃO RIDÍCULAS

BE - ESJP

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

ÁLVARO DE CAMPOS
de Poesia dos outros Eus,
Ed. Assírio e Alvim

voz - Cristina Paiva

música - Funki Porcini

sonoplastia - Fernando Ladeira

Andante - Associação Artística, 2011

06
Mai21

JORGE DE SENA - BIOGRAFIA

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col-lite-6941.jpgJorge Cândido de Sena nasceu no dia de Finados de 1919, em Lisboa. Era filho de Maria da Luz Teles Grilo e de Augusto Raposo de Sena, comandante da ma­rinha mercante. A sua infância de «filho único e tardio» sem amigos, salvo primos e primas, com quem raramente brincava, muito protegido pela mãe e com um pai largamente ausente, foi extre­mamente solitária. Com as devidas distâncias entre a ficção e a biografia, o seu conto «Home­nagem ao papagaio verde», deixa entrever o ambiente dramático familiar, marcado, do ponto de vista da criança, por uma «solidão acorrentada».

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03
Mai21

SUGESTÃO PNL DA SEMANA

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A amizade entre Jorge Amado e José Saramago teve início quando os dois já iam maduros nos anos e na carreira literária. O vínculo tardio, porém, não impediu que os escritores criassem um forte laço, estendido às suas companheiras de vida, Zélia Gattai e Pilar del Río.

"Com o mar por meio.  Uma amizade em cartas "-  Jorge Amado  e José Saramago (2107)

26
Abr21

LÍDIA JORGE

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Escritora portuguesa, natural de Boliqueime (Algarve). Estudou Filologia Românica na Universidade de Lisboa, dedicando-se, depois, ao ensino liceal. Como professora, trabalhou em Angola e Moçambique, radicando-se posteriormente em Lisboa, onde é professora universitária e colaboradora de vários jornais e revistas. Membro de diversos júris de prémios literários e da Alta Autoridade para a Comunicação Social, os seus romances têm uma grande variedade temática. Estão sobretudo ligados aos problemas colectivos do povo português e às circunstâncias históricas e mudanças da sociedade nacional após o 25 de Abril de 1974, assim como à condição feminina. Têm sido, por vezes, associados à literatura sul-americana, pela presença, neles de elementos fantásticos. A cultura de tradição oral, a linguagem dos grupos arcaicos, os seus mitos e simbologias sociais, servem também o objectivo de reflexão sobre a identidade cultural portuguesa. A sua escrita reflecte a captação da oralidade, bem como uma estrurura narrativa em que se afirma, a par do discurso do narrador, o discurso das personagens. A perspectiva da narrativa desdobra-se assim num experimentalismo que marca, sobretudo, as suas primeiras obras.

Entrevista AQUI

26
Abr21

SUGESTÃO DA SEMANA | OS MEMORÁVEIS

BE - ESJP

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“Estamos perante um romance que ultrapassa  em muito a invocação  de um acontecimento histórico, a revolução democrática portuguesa de 1974, já  que se trata de uma reflexão atual sobre a liberdade, a resistência e a esperança. Ao longo do livro, encontramos o ceticismo e a vontade, a dúvida e o empenhamento, mas sobretudo a imperfeição natural das sociedades humanas, que não podem ser aprisionadas pela indiferença ou mesmo pela utopia …(…)

A obra ajuda-nos a compreender o Portugal de hoje. Com preocupações de agora, vemos que um acontecimento como o 25 de abril de 1974 não se resume a uma ocorrência pretérita, porque a liberdade e a democracia são presentes e sempre inacabadas.(…)

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