O túmulo de D.Dinis, no mosteiro de Odivelas, continua a revelar segredos. Durante os trabalhos de restauro do túmulo, que foi aberto em maio de 2019, foi descoberta a espada do rei que ficou conhecido como O Lavrador. E a mítica espada, há longo tempo desaparecida, foi agora desenterrada.
The Web Gallery of Art is a virtual museum and searchable database of European fine arts, decorative arts and architecture from the 3rd to 19th centuries. It was started in 1996 as a topical site of Renaissance art, originated in the Italian city-states of the 14th century and spread to other countries in the 15th and 16th centuries. Intending to present Renaissance art as comprehensively as possible, we later extended the scope of the collection to show its Medieval roots as well as its evolution to Baroque and Rococo via Mannerism. Encouraged by the feedback from users, we set up sections for decorative arts and architecture. Furthermore, we increased the scope of the collection to include Early Christian and Pre-Romanesque art and architecture of the 3rd-10th centuries. Finally, we covered 19th-century art, extended to the beginning of World War I. We do not intend to present 20th-century and contemporary art.
The collection has some of the characteristics of a virtual museum. The experience of the visitors is enhanced by guided tours helping to understand the artistic and historical relationship between different works and artists, by period music of choice in the background and a free postcard service. At the same time, the collection serves the visitors' need for a site where various information on art, artists and history can be found together with corresponding pictorial illustrations. Although not a conventional one, the collection is a searchable database supplemented by a glossary containing articles on art terms, relevant historical events, personages, cities, museums and churches.
O nome “Rota da Seda” é uma convenção historiográfica do século XIX para designar o fluxo comercial ancestral da Eurásia. Na verdade, a seda era uma mercadoria de várias, e não houve uma rota, mas inúmeras, ao norte e ao sul, através das estepes, desertos, montanhas e mares, conectando desde a costa chinesa do Pacífico às costas atlânticas da Europa e da África; da Escandinávia ao Oceano Índico.
Desde os tempos neolíticos até se consolidarem há 2000 anos – muito antes das navegações transatlânticas descobrirem um novo Mundo e a aviação conectar todas as regiões do globo – as rotas formaram a principal artéria intercontinental do planeta, por onde trafegavam mercadores, viajantes, missionários e peregrinos permutando mercadorias e ideias, mas também doenças e violência. Através de suas veias e vasos capilares o Oriente e o Ocidente trocaram entre si o melhor de sua comida, indústria e arte, nutrindo os fluxos de ascensão e queda de grandes impérios gregos, iranianos, árabes ou turcos. Nelas os povos bárbaros e exóticos da Europa conheceram as civilizações mais veneráveis da Ásia, e receberam delas tecnologias revolucionárias, como a pólvora ou o papel. Elas canalizaram as conquistas de Alexandre o Grande ou Gengis Khan e as aventuras de Marco Polo e outros comerciantes. Através delas floresceram cidades legendárias, como Persépolis, Samarkand ou Xanadu; os mongóis, e, em nosso tempo, os russos, ergueram os mais vastos impérios do mundo; os califas muçulmanos e os imperadores chineses se bateram; as antigas religiões do Oriente Médio, como o judaísmo, o zoroastrismo, o maniqueísmo e as primeiras seitas cristãs confluíram para a Ásia profunda, e o budismo e o Islã disseminaram-se ao norte, sul, leste e oeste tornando-se religiões mundiais. Nelas, uma das duas civilizações mais antigas do mundo e uma das duas mais poderosas de nosso tempo, a China, se encontrou com aquela que foi comparativamente a mais poderosa de todos os tempos, Roma.
Após as navegações transatlânticas, as rotas perderam muito de seu apelo, mas ainda catalisaram maravilhas modernas como o Canal de Suez ou a Ferrovia Trans-Eurasiana. E em nosso tempo a China planeja investimentos trilionários na “Nova Rota da Seda” que impactarão diretamente as economias da Ásia, Europa e África e plasmarão a nova ordem geopolítica global. Ao fim, por mais convencional que seja, o nome Rota da Seda não é ruim: a “rota” é uma metáfora para o eterno percurso do sol crescente ao sol poente e vice-versa. E para o comércio internacional e seus bens – o ouro, o luxo, a aventura, o poder – nada simboliza melhor que a “seda” a cor, a luz, a leveza e a fugacidade que tecem estes sonhos.
Conhecido também pelos nomes de Torre de Coina ou Palácio da Bruxa, o Palácio do Rei do Lixo está situado na freguesia de Coina, no Barreiro, e é bem visível da estrada nacional nº10. O local presta-se ao mistério e às lendas urbanas, que perpetuaram no tempo e que ainda hoje não se sabe se têm ou não fundo de verdade. O que é certo é que a imponente torre chama à atenção e desperta a curiosidade e imaginação de quem a admira.
Inicialmente, a quinta onde se encontra o palácio foi uma propriedade rural, no séc. XVIII, de D. Joaquim de Pina Manique, irmão do intendente de D. Maria I, Diogo Inácio Pina Manique. Já no século XIX, a propriedade foi adquirida por Manuel Martins Gomes Júnior, comerciante de Santo António da Charneca, que aí mandou construir o palácio, “para conseguir avistar a propriedade que possuía em Alcácer do Sal”.
Manuel Gomes Júnior era conhecido como “Rei do Lixo”, uma vez que detinha o exclusivo de recolha de detritos da cidade de Lisboa, tendo feito uma fortuna a comprar e vender lixo. Era um homem de contradições. Um defensor dos pobres que queria ser milionário. Um bom patrão que foi injusto com alguns dos seus funcionários. Um crítico da corrupção que assolava Portugal que foi acusado de dar uma golpe numa companhia de seguros. Um republicano que se desiludiu com a sua amada República.
Conhecido por ser profundamente ateu, Manuel Gomes Júnior acabou por transformar a ermida em armazém e estábulo, tendo batizado a herdade de “Quinta do Inferno”. A propriedade acabaria por se tornar mais tarde uma importante casa agrícola, através do seu genro, António Zanolete Ramada Curto. A torre foi construída em 1910, sendo que em 1906 tinha aberto uma escola na sua quinta para oferecer educação gratuita aos seus empregados e filhos.
Já as suas fragatas, transformadas em arrastos do lixo, receberam nomes como Mafarrico, Mefistófeles, Demo, Diabo, Satanás, Belzebu, Horrífico, Caronte, Plutão e Averno, entre outros nomes que foram escolhidos para chocar a flora conservadora e católica.
Esta provocação ao regime eclesiástico secular, já de si ferido pela revolução do 5 de outubro, valeu-lhe a fama, que ainda hoje dura, de ser um homem ateu impenitente, de feitio irregular e pouco dado ao afeto.
Manuel Martins e a sua família nunca chegaram a habitar o palácio, já que as obras foram interrompidas em 1913-1914, estando o imóvel incompleto. No entanto, o facto de ter adquirido o local e lhe ter dado o seu aspeto imponente fez com que o nome da propriedade estivesse para sempre ligado a si.
Em 1957, a propriedade foi vendida a Joaquim Baptista Mota e António Baptista, dois grandes proprietários e industriais dos curtumes, que ali criaram a Sociedade Agrícola da Quinta de S. Vicente, transformando o local numa importante exploração pomícola.
Já na década de 70, a propriedade foi adquirida porAntónio Xavier de Lima, conhecido construtor da margem sul do Tejo, que comprou toda a Quinta de S. Vicente e os terrenos adjacentes às quintas, tornando-se assim proprietário. Em 1988, ocorreu um incêndio de contornos misteriosos que veio contribuir para o estado degradado do palácio, na altura já desabitado há 18 anos.
O Palácio do Rei do Lixo pertence, hoje, vive na incerteza, à espera que alguém decida investir nele e aproveitar todo o seu potencial, seja turístico, industrial ou de habitação.
Um livro por 3 mulheres, decidido em maio de 1971 e publicado um ano depois, com a primeira edição recolhida e destruída pela Censura três dias após o seu lançamento.
Nos 50 anos da escrita das Novas Cartas Portuguesas que dera origem ao processo das Três Marias revisitamos a atualidade da luta das mulheres pelos seus direitos.
A partir da obra singular de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa tentamos compreender o papel da repressão, o valor da solidariedade e a importância da vitória deste processo literário e político.
A exposição temporária Mulheres e Resistência – Novas Cartas Portuguesas e outras lutas pretende relevar o contributo de tantas mulheres que, com origens e percursos diferentes, inventaram e concretizaram batalhas pelos seus direitos, pela justiça social e pela liberdade, desde os anos 30 até ao 25 de Abril. Todos estes processos destacam o papel insubstituível das mulheres ao longo dos 48 anos de resistência ao fascismo e a sua importância na conquista da liberdade no nosso país.
A partir de 6 de maio e até dezembro de 2021, com esta exposição, exploramos uma vasta programação paralela que pretende ligar múltiplas perspetivas sobre a luta pela igualdade e pela liberdade, o tanto que já foi feito e o muito que continua por fazer. Sessões de conversa, cinedebates, teatro, música, itinerários, visitas e muito mais.
Carl Gustav Jung, psicoterapeuta suíço, é conhecido pela comunidade da psicologia como o fundador da psicologia analítica. Contemporâneo de Sigmund Freud, chegou a trocar correspondência e ideias com o austríaco, acabando por se afastar deste por algumas divergências conceptuais (enquanto Freud conduzia as suas ideias à luz da sexualidade, Jung acreditava no peso dos fenómenos espirituais). Assim, o helvético construiu conceitos originais e abriu novas perspetivas de entendimento da mente humana, desdobrando-se da sombra de Freud a partir de ideias como os arquétipos e o inconsciente coletivo.
A psicologia analítica é um ramo da psicologia que estuda mais a fundo a mente humana, nomeadamente o consciente, o inconsciente e a relevância do passado e dos traumas no comportamento de um dado indivíduo. Integrando-se neste tipo Freud através dos conceitos sexuais e da psicanálise, foi Carl Jung que deu os primeiros passos numa incipiente e até controversa área de estudo. Começando pelo conceito de complexo, o suíço entendeu-o como um grupo de ideias inconscientes associadas a eventos ou experiências dotados de uma atividade psíquica intensa. Regularmente estimulados por contactos estabelecidos com outrem, a emoção e as imagens mentais aumentam de intensidade e em extensão temporal consoante a raiz e a dimensão do complexo. Por exemplo, uma dada música pode desencadear uma memória que envolva um alguém, podendo também este vir à tona através de um objeto ou de outro alguém que nos remeta ao primeiro.
Holocausto é como ficou conhecido o genocídio de judeus realizado a comando dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Pelos judeus, ele é conhecido como Shoá, palavra em hebraico que significa “calamidade”. Ao longo da guerra, os nazistas realizaram ações sistemáticas de extermínio dessa etnia, e o resultado disso foi 6 milhões de pessoasmortas.
Os nazistas nomearam o seu programa de extermínio dos judeus como Solução Final, e, durante esse programa, também foram perseguidos comunistas, ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová, pessoas com problemas físicos e mentais etc. Entre as práticas realizadas no Holocausto estão o fuzilamento em massa de indivíduos, a utilização dos prisioneiros como trabalhadores escravos, o aprisionamento em guetos e campos de concentração, entre outras.
Anne Frank foi uma entre as mais de um milhão de crianças judias assassinadas durante o Holocausto. Durante o tempo em que ficou escondida dos nazis, Anne manteve um diário no qual escrevia sobre seus medos, suas vivências e suas esperanças. Encontrado em um aposento secreto após a família ter sido presa, o diário foi mantido por Miep Gies, uma das pessoas que ajudou a esconder a família Frank. Depois da Guerra, ele foi publicado em diversos idiomas, sendo até hoje utilizado nos currículos de milhares de escolas de ensino básico e médio por todo o mundo. Anne Frank tornou-se símbolo de esperança perdida pelo que aquelas crianças que foram mortas durante o Holocausto poderiam ter sido, caso tivessem sobrevivido. Ela nasceu em 12 de junho de 1929 em Frankfurt, na Alemanha, filha de Otto e Edith Frank. Nos primeiros cinco anos de vida, Anne morava com seus pais e sua irmã mais velha, Margot, em um apartamento localizado nos arredores de Frankfurt. Após a tomada do poder pelos nazis, em 1933, a família Frank fugiu para Amsterdão, na Holanda. Os alemães ocuparam Amsterdão em maio de 1940, e a partir de julho de 1942, as autoridades nazis e seus colaboradores holandeses iniciaram a deportação dos judeus da Holanda para campos de extermínio na Polónia, já então ocupada pela Alemanha.
Na primeira metade de julho de 1942, Anne e sua família foram para um esconderijo com outras famílias judias. Por dois anos, viveram no sótão de um prédio que ficava atrás do escritório da [antiga] empresa da família, na Rua Prinsengracht, 263, ao qual Anne se referia em seu diário como o "Anexo Secreto". Amigos e colegas levavam roupas e alimentos clandestinamente aos Frank, colocando suas próprias vidas em grande perigo. Em 4 de agosto de 1944, após uma denúncia anónima feita por um holandês, a Gestapo (Polícia Secreta do Estado Alemão), descobriu o esconderijo e prendeu seus moradores. Em setembro de 1944, as autoridades colocaram os Frank e as outras quatro pessoas com quem eles se escondiam num comboio rumo a Auschwitz. No final de outubro de 1944, devido à sua juventude e capacidade de trabalho, Anne e sua irmã foram transferidas para o campo de concentração Bergen-Belsen, no norte da Alemanha. [Devido às péssimas condições de higiene e alimentares] as duas faleceram de tifo em março de 1945, apenas algumas semanas antes das tropas britânicas libertarem aquele campo. A mãe de Anne já havia morrido em Auschwitz no início de janeiro de 1945. Seu pai, Otto, foi o único da família a sobreviver à Guerra.
Sabes porque é feriado no dia 5 de outubro em Portugal? A partir de 5 de outubro de 1910, Portugal deixou de ser uma monarquia e passou a ser uma república – celebra-se assim o dia da Implantação da República. Ou seja, deixou de haver monarcas a governar o país, mudou-se a bandeira, o hino e o regime políti
A expressão “campo de concentração” tornou-se muito conhecida em nosso vocabulário por causa dos campos construídos pelos nazis durante o período que estiveram no poder da Alemanha (1933-1945). Os campos de concentração nazis foram utilizados para receber todas as pessoas que eram entendidas como opositoras ao regime e “inferiores” (do ponto de vista racial da ideologia nazi).
O primeiro campo de concentração construído pelos nazis foi o de Dachau, inaugurado em 1933. Dachau foi criado após um anúncio de Heinrich Himmler (um dos grandes líderes do partido nazi) de que um campo de concentração para prisioneiros políticos seria construído naquela região (Dachau estava nas imediações de Munique, na Alemanha). Esse campo foi designado para receber comunistas e social-democratas, e os primeiros 200 prisioneiros chegaram em 22 de março de 1933.
Logo nos primeiros dias de funcionamento de Dachau, tornaram-se públicas informações que mencionavam a violência com a qual os prisioneiros eram tratados. Com pouco mais de um mês de funcionamento, cerca de 12 prisioneiros haviam sido assassinados pelos guardas de Dachau. A criação de Dachau serviu como precedente e de inspiração para que outros campos de concentração fossem criados na Alemanha.
O historiador Richard J. Evans fala que o surgimento dos campos de concentração durante o período nazi não foi um acaso ou uma necessidade de abrigar uma população carcerária que aumentou consideravelmente com a perseguição promovida pelos nazis, mas foi um ato premeditado que fazia parte da ideologia nazi e que havia sido defendido por Hitler e denunciado por outros grupos da sociedade alemã ao longo da década de 1920.
Ao longo dos anos, os nazis construíram novos campos de concentração, que recebiam, além dos opositores políticos do regime, os considerados “inválidos”, isto é, pessoas com distúrbios mentais e físicos. Essas pessoas eram enviadas para campos de extermínio específicos, que foram construídos entre 1939 e 1941.
Os campos de extermínio desenvolveram um método que foi utilizado em larga escala pelos alemães contra os judeus: o uso das câmaras de gás. A princípio, as câmaras de gás construídas assassinavam as pessoas com o uso de monóxido de carbono. As vítimas eram encaminhadas para chuveiros, mas em vez de água saía o gás da tubulação, matando as vítimas de asfixia.
Ao todo, nesse programa de extermínio de pessoas “inválidas”, foram mortas70.273 pessoas até agosto de 1941, quando o programa foi interrompido. Esse programa foi exportado em uma dimensão muito maior para a Solução Final, o programa de extermínio dos judeus. O desenvolvimento do projeto de uso das câmaras de gás para o extermínio dos judeus foi designado por Odilo Globocnik, que trouxe parte da equipe responsável pelo projeto de extermínio dos “inválidos”.
O primeiro campo de concentração para o extermínio de judeus desenvolvido por Globocnik foi o de Belzec, na Polónia. Esse campo foi designado para matar os judeus que lá chegassem o mais rápido possível. A ideia era construir as câmaras de gás e utilizar o monóxido de carbono para a execução. Posteriormente, os nazis passaram a utilizar o Zyklon-B, produzido inicialmente para ser um pesticida, mas que se mostrou eficaz na execução de seres humanos.
Um parêntese importante é que os nazis ordenaram a construção de campos de concentração, aqueles cuja função era abrigar os judeus, campos de trabalho forçado, cuja função era a de explorar sua mão de obra, e também campos de extermínio, aqueles cuja única função era atuar como uma fábrica da morte.
Durante mais de dois anos que Anne Frank e a sua família viveu no anexo do edifício em Prinsengracht 263 onde o pai de Anne, Otto Frank, também tinha um negócio. A família Van Pels e Fritz Pfeffer também se escondeu aqui com eles. A porta para o anexo estava fechada por detrás de uma estante amovível construída especialmente para este fim. Os trabalhadores sabiam do esconderijo e ajudavam as oito pessoas dando-lhes comida e noticias sobre o que ia acontecendo no mundo lá fora. A 4 de Agosto de 1944, o esconderijo foi descoberto. As pessoas que se encontravam escondidas foram deportadas para vários campos de concentração. Apenas Otto Frank sobreviveu à guerra.
Hoje em dia, os quartos na Casa de Anne Frank, embora vazios, ainda respiram a atmosfera sentida neste período de tempo. Citações do seu diário, documentos históricos, fotografias, pequenos filmes, e objectos originais que pertenceram aqueles que se encontravam escondidos e às pessoas que os ajudavam ilustram os eventos que decorrem neste lugar. O diário original de Anne Frank e outros apontamentos encontram-se disponíveis para serem vistos no museu. No espaço multimédia, os visitantes podem entrar numa "viagem virtual" pela Casa de Anne Frank, obtendo informação sobre as pessoas que se encontravam escondidas e sobre a Segunda Guerra Mundial. Uma exposição contemporânea é apresentada na sala de exibições
A Revolução Industrial (aproximadamente de 1820 a 1840, iniciado desde o desenvolvimento da máquina a vapor inventada por james Watt em 1760) foi um processo de grandes transformações económico-sociais que começou na Inglaterra no século XVIII.
O modo de produção industrial espalhou-se por grande parte do hemisfério norte durante todo o século XIX e início do século XX.
Produzir mercadorias ficou mais barato e acessível, porém trouxe a desorganização da vida rural e estragos ao meio-ambiente.
A Era Vitoriana corresponde ao período do reinado da Rainha Vitória, que vai de 1837 a 1901. É um dos mais importantes períodos da história britânica por conta das grandes mudanças que o Reino Unido passou durante o século XIX. Estas mudanças aconteceram nos planos econômico, político e social, e ajudaram a moldar o que o país é hoje.
Chamava-se Pêro da Covilhã e partiu de Portugal continental a pé, percorrendo os principais portos até chegar à Índia. A sua missão consistia em recolher informações para que, anos mais tarde, Vasco da Gama concretizasse a via marítima da Rota das Especiarias. Pensa-se que Pêro da Covilhã terá nascido em 1450 na terra que lhe deu o nome, e que aos 18 anos foi convidado a servir D. Juan de Guzmán, irmão do Duque de Medina-Sidonia (um dos mais conceituados fidalgos de Sevilha).
Ali lhe foi atribuído o papel de espadachim, sendo que a sua desenvoltura levou a que o convidassem a participar nas embarcações do Duque, algo que ele recusou. Em 1474, acompanhou D. Juan a Lisboa para uma entrevista com D. Afonso V.
O seu domínio de línguas como o árabe levou a que, aos 24 anos, fosse admitido como moço de esporas de D. Afonso V, que rapidamente o elevou a escudeiro, com direito a armas e cavalo. Em 1467, acompanha D. Afonso V na batalha de Toro, e mais tarde na jornada por França, no pedido de auxílio ao Rei Luís XI de França na luta pelo trono de Castela.
Filha de D. Manuel I e da sua segunda esposa, a rainha D. Maria, Isabel de Portugal nasceu em Lisboa, a 25 de outubro de 1503. Ficou conhecida como a imperatriz perfeitíssima, numa Europa recheada de convulsões políticas, religiosas e sociais, por ser mulher e colaboradora do poderoso Carlos V. A sua beleza ficou para sempre imortalizada numa obra de Ticiano.
As negociações do casamento entre D. Isabel e o imperador Carlos V começaram no outono de 1522, entre D. João III, seu irmão, e a corte espanhola. Acordaram-se dois casamentos: o de D. João III com Catarina, irmã de Carlos, e o de D. isabel com o imperador. O enlace do rei português deu-se primeiro, tendo o casamento de Isabel demorado mais uns tempos. A recém rainha de Portugal, D. Catarina, terá assim escrito ao irmão a falar-lhe das muitas virtudes e beleza de D. Isabel, sua cunhada.
Muitas civilizações antigas possuíam conceito de tempo, embora vago. Obviamente, eles sabiam que o dia começava quando o sol nascia e a noite quando o sol desaparecia no horizonte. Mas os antigos sumérios, observando os céus, desenvolveram um sistema muito mais complexo. Eles perceberam que era possível dividir as horas em 60 minutos e os dias em 24 horas, desenvolvendo os sistemas de medição do tempo usados até hoje.
Entre 2016 e 2017 decorreu no atual Campo das Cebolas, em Lisboa, uma intervenção arqueológica na sequência do projeto da reabilitação urbanística da frente ribeirinha de Lisboa que previa a construção de um parque de estacionamento nesta zona, também conhecida como Ribeira Velha. Os trabalhos aí desenvolvidos estiveram enquadrados no âmbito das medidas de minimização patrimonial necessárias a esta intervenção, por forma a acautelar a preservação patrimonial dos vestígios arqueológicos que viessem a ser afetados com a referida obra. Neste contexto, durante mais de um ano todos os trabalhos de remoção de terras foram acompanhados por uma vasta equipa de técnicos, entre eles arqueólogos de diferentes especialidades. A intensa ocupação humana de toda esta zona ribeirinha da cidade de Lisboa, outrora um eixo central da cidade, indiciada tanto pelas fontes históricas como iconográficas, fazia prever a presença de um elevado número de vestígios das mais diferentes vivências, entre elas possíveis vestígios náuticos, dada a proximidade do contexto aquático do rio Tejo. De facto, a intervenção veio a revelar um elevado manancial de vestígios arqueológicos com cronologias que iam desde o século XX até ao período romano. Foi recuperado um elevado número de artefactos, nomeadamente peças cerâmicas, mas também um elevado número de materiais orgânicos que se preservaram em meio húmido, entre eles objetos em madeira, vime ou couro. A extensa intervenção arqueológica do Campo das Cebolas alcançou ainda zonas que outrora ocupavam a área de interface entre o rio e as margens da cidade, zonas de aterro e de consolidação das margens onde foram identificados vestígios de estruturas portuárias e contextos náuticos. Estes vestígios de embarcações foram então escavados arqueologicamente na íntegra e desmontados peça a peça para depois serem removidos para tanques com água onde se mantiveram para serem posteriormente inventariados e estudados, fase em que se encontram presentemente.
Decorrida a escavação, os materiais arqueológicos recuperados tiveram de ser acondicionados para que se garantisse o seu estudo futuro. As embarcações removidas do local durante a escavação foram devidamente numeradas e acondicionadas em tanques com água para que se pudesse mais tarde proceder ao seu estudo, já fora do contexto de obra. A fase de inventário, corresponde assim ao momento em que se procede ao registo individual de cada peça, se analisam todas as suas características e estado de conservação. O trabalho tanto de arqueólogos como de conservadores-restauradores visa a recolha do maior número de informações que permitam a interpretação da ocupação humana da área que foi intervencionada. Estes dados, conjuntamente com as informações recolhidas em campo, durante a intervenção arqueológica, permitirão a elaboração de um relatório, estudos de especialidade em revistas científicas, planos de conservação preventiva de todas as peças e um plano de conservação definitiva das peças mais significativas visando depois a sua entrega à tutela e eventualmente um dia a sua exposição ao público.