Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Biblioteca Escolar ESJP

06
Mai21

LITERACIA EMOCIONAL - AS 5 COMPONENTES

BE - ESJP

22074582_y8Vuc.jpeg

Que fatores explicam que pessoas com um Quociente de Inteligência elevado fracassem na vida pessoal e no trabalho e outras com um QI modesto triunfem e se realizem? Na vida diária que inteligências são mais importantes? Podem ser aprendidas, estando ao alcance de todos?

“A inteligência interpessoal é a capacidade de compreender as outras pessoas; o que as motiva, como é que funcionam, como trabalhar cooperativamente com elas. Os vendedores, políticos, professores, clínicos e líderes religiosos bem-sucedidos terão tendência para ser pessoas possuidoras de um elevado nível de inteligência interpessoal. (…) a inteligência intrapessoal – conhecimento dos aspetos internos da pessoa: acesso à própria vida dos sentimentos; ao próprio leque de emoções, capacidade de discriminar essas emoções e, eventualmente, de as rotular e utilizar como meio de compreender e orientar o próprio comportamento” 1.

Jornalista científico na área do comportamento humano, Goleman desenvolve e torna acessível o modelo de inteligência emocional criado pelos investigadores Peter Salovey e John Mayer, pioneiros em inteligência emocional, a partir das inteligências pessoais de Gardner. O artigo em linha, What Makes a Leader? (1998) e o best seller internacional, Emotional Intelligence (1995) são fontes importantes desta redefinição em cinco componentes.

1. Conhecer as próprias emoções

Conhece-te a ti mesmo é o conselho que o oráculo de Delfos dá a Sócrates há mais de 2400 anos e que implica identificar e compreender as próprias forças e fraquezas, necessidades e motivações e de como estas podem afeta-lo, a si e aos outros, na vida pessoal e profissional.

Traduz-se na autoconsciência e permite reconhecer um sentimento quando ele ocorre (a partir de pistas vocais e faciais, linguagem verbal e comportamento), expressa-lo e avaliar a sua intensidade.

Esta componente é importante porque as emoções ocorrem rapidamente - acontecem-nos! - e resultam num juízo imediato e primário, feito por associação livre e, ao termos consciência delas, podemos, em certa medida, controlar o seu curso e expressão em nosso favor, acrescentando-lhes inteligência, razão.

Há agressores que interpretam hostilidade em expressões faciais neutras porque não sabem identificá-las e jovens que não sabem distinguir ansiedade e fome (distúrbios alimentares).

2. Gerir emoções

Desenvolver uma conversa interior (ou em voz alta), no sentido de se tranquilizar, afastando ou redirecionando a tristeza, ansiedade e irritabilidade, de forma a não ficar prisioneiro dos próprios sentimentos e impulsos, perdendo o controlo de si próprio e domínio dos acontecimentos.

Estados de espírito agradáveis aumentam a capacidade de pensar de forma complexa e encontrar soluções interpessoais. Questionar e interromper fluxos de pensamento pessimista pode ser aprendido.

Suspender o juízo, pesquisar mais informação, escutar os outros e pensar antes de agir conduz à auto-regulação emocional que está na base da confiança, integridade, capacidade de lidar com a mudança, características pessoais e organizacionais fundamentais.

“Não há sentimentos que não se devam ter”, há é reações corretas e outras não: “Qualquer um pode zangar-se – isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na justa medida, no momento certo, pela razão certa e de certa aneira – isso não é fácil”, diz Aristóteles em Ética a Nicómaco 3.

Quando se torna difícil o controlo emocional, esfriar (por exemplo, dar uma volta, ir fazer bricolage), distrair-se (ler um livro, ouvir música, jogar, fazer exercício físico), conviver (ir ao cinema com família ou amigos), satisfazer prazeres sensuais (comer o prato favorito, tomar um banho quente) ajudam a modificar o estado de espírito e podem ser mais eficazes do que chorar (tende a aumentar a ruminação e estado de mal-estar) e explodir (aumenta o estado de entropia do cérebro, levando por vezes as pessoas a sentirem-se mais zangadas) – a catarse, libertação de sentimentos socialmente prejudiciais, como medo ou fúria, valorizada por Aristóteles, tem benefícios quando orientada para atividades socialmente valorizadas, como artes ou desporto.

Alguém emocionalmente perturbado tem dificuldade no desempenho porque as emoções afetam a concentração e memória de trabalho, responsável pela informação dirigida à tarefa.

3. Motivar-se

Prosseguir objetivos com energia e persistência, controlando a impulsividade e adiando a recompensa, trabalhando por razões além de dinheiro e estatuto (fatores externos), para alcançar a realização, pessoal e do grupo, é próprio de pessoas apaixonadas por aprender e trabalhar, persistentes e que procuram desafios criativos e superação. Estas controlam e mobilizam as emoções, colocando-as ao serviço da tarefa e, nestes momentos, desenvolvem total concentração, ficando alheadas da realidade, perdendo a consciência de si (autoesquecimento). Estes momentos, estudados e descritos pelo psicólogo croata Mihaly Csikszentmihalyi, como estado de fluxo, correspondem ao limite positivo da aplicação da inteligência emocional.

Geralmente as pessoas que se motivam facilmente possuem elevado nível de esperança, não se deixam dominar por uma atitude derrotista ou ansiosa e encontram formas flexíveis de alcançar o objetivo. A esperança e otimismo são atitudes emocionalmente inteligentes que podem ser aprendidas e um certo grau de preocupação e ansiedade fazem parte da motivação e são benéficos para o desempenho.

4. Reconhecer as emoções dos outros

empatia traduz-se na capacidade de identificar e compreender as emoções dos outros, adaptando o próprio comportamento às reações deles. Uma pessoa empática não é a que tenta agradar a todos, mas a que, nas suas decisões, tem em conta os sentimentos e pontos de vista de todos os elementos da equipa, mantendo-a coesa. Inclusive, se for o caso de criticar/ elogiar, faz com que a crítica seja específica, propõe uma solução, fá-lo em presença e em privado e é sensível às reações da outra pessoa.

É fundamental para:

- Cooperação e trabalho em equipa;

- Altruísmo, compaixão e solidariedade;

- Lidar com as diferenças e preconceitos na vida diária das sociedades interculturais, geradas pela mobilidade e globalização.  

5. Gerir relacionamentos

Tal como a empatia, a competência social é uma habilidade para se relacionar com os outros, movendo-os na direção pretendida, sob o pressuposto de que sozinho não se chega longe. É particularmente importante nos líderes, mas também nas relações pessoais, fazendo amigos.

Falar e fazer perguntas aos colegas durante a brincadeira, escutar e observa-los para ver como se comportam, dar-lhes um elogio quando tiveram bom desempenho e palavras de encorajamento quando vão realizar uma prova difícil, sorrir e oferecer ajuda, podem ser formas de estreitar amizades.

 

Estas cinco competências são fundamentais porque:

- Preparam para as vicissitudes da vida diária e relacionamentos;

- Afetam o bem-estar, desempenho e, inclusive, posições éticas;

- Níveis académicos elevados e progresso tecnológico, não tem resultado em melhores níveis de equilíbrio emocional, satisfação e solidariedade social. As perturbações mentais aumentam com a idade, mas os jovens, a partir dos 14 anos, são quem regista maior acréscimo de perturbação 4.

Estas competências podem ser aprendidas em contexto escolar e Goleman influencia a criação de programas educativos para bem-estar ou autoregulação emocional e sucesso académico, como PATHS (Parents and Teachers Helping Students) 5.

Ler o artigo completo AQUI no blogue da RBE.

06
Mai21

JORGE DE SENA - BIOGRAFIA

BE - ESJP

col-lite-6941.jpgJorge Cândido de Sena nasceu no dia de Finados de 1919, em Lisboa. Era filho de Maria da Luz Teles Grilo e de Augusto Raposo de Sena, comandante da ma­rinha mercante. A sua infância de «filho único e tardio» sem amigos, salvo primos e primas, com quem raramente brincava, muito protegido pela mãe e com um pai largamente ausente, foi extre­mamente solitária. Com as devidas distâncias entre a ficção e a biografia, o seu conto «Home­nagem ao papagaio verde», deixa entrever o ambiente dramático familiar, marcado, do ponto de vista da criança, por uma «solidão acorrentada».

Continuar a ler AQUI

05
Mai21

A BE NO PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DIGITAL DA ESCOLA

BE - ESJP

padde_be1.png

No âmbito do Plano de Ação para a Educação Digital (2021-2027), definido pela União Europeia e
que visa reconfigurar os sistemas de ensino e de formação para a era digital e do subsequente Plano
de Ação para a Transição Digital de Portugal, as escolas são convidadas a criarem os seus Planos
de Ação para o Desenvolvimento Digital das Escolas (PADDE), tendo em conta o Quadro Europeu de
Organizações Digitalmente Competentes (DigCompOrg, 2018). Pretende-se, desta forma, promover a
inovação educacional através da integração das tecnologias digitais em contexto educativo.
Neste PADDE, a escola define áreas/ dimensões consideradas prioritárias e identifica objetivos e ações a desenvolver, tendo em conta um diagnóstico inicial relativo ao modo como as tecnologias digitais estão integradas na organização e/ou às competências digitais dos docentes.
Enquanto estrutura da escola que integra e favorece a inovação, a biblioteca escolar pode contribuir de forma significativa para a elaboração e implementação deste plano de ação, nas suas várias vertentes.
O documento que agora se apresenta pretende apoiar o trabalho das escolas e dos professores
bibliotecários nesta fase inicial de elaboração dos PADDE, apresentando exemplos de linhas de ação
que se constituem como critérios de sucesso para o trabalho da biblioteca escolar no âmbito do digital, embora não os esgotem.
Cada escola deverá ter em conta a sua especificidade e o nível de desenvolvimento digital da(s) sua(s) biblioteca(s), o que implica um trabalho de reflexão sobre a integração efetiva da tecnologia digital no contexto da ação da biblioteca, pelo que poderá ser útil a inclusão de algumas questões relativas a essa ação na SELFIE(1) .
Para esta reflexão, os professores bibliotecários são determinantes, devendo mobilizar todo o trabalho de autoavaliação já implementado, designadamente no âmbito do Modelo de Avaliação da Biblioteca Escolar. Deste modo, estarão habilitados a caracterizar a integração do digital na ação da biblioteca, definir fragilidades e desenhar e priorizar ações de melhoria, as quais poderão ser incluídas no PADDE.

Continuar a LER

04
Mai21

DIA MUNDIAL DA LÍNGUA PORTUGUESA

BE - ESJP

fundo_de_pagina_portugues_3.0.jpg

Este 5 de maio é o  Dia Mundial da Língua Portuguesa. A celebração global de 2020 marcou uma nova etapa: foi a primeira que aconteceu um ano após ser instituída pela Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura, Unesco.

O idioma de vários sotaques e variantes é oficial numa área de mais de 285 milhões de falantes espalhados pelo mundo.

 

Para comemorar o Dia Mundial da Língua Portuguesa, o Consulado-Geral de Portugal em Bordéus convidou um conjunto de personalidades e alunos da sua área consular para uma iniciativa de promoção da língua portuguesa, com a leitura colectiva de vários poemas e textos que se prolongará de 24 de Abril a 5 de Maio.

Os estudantes da Université de Pau et des Pays de l'Adour aderiram a esta iniciativa e convidaram os estudantes da Universidade da Beira Interior, na Covilhã, a juntar-se a eles para um resultado ainda melhor.

portal_dmlp21.jpg

Instituto Camões, VER

04
Mai21

AINDA JULIÃO SARMENTO

BE - ESJP

n85cjjavrgnmit0lzhrjs.jpg

"No brilho da pele" apresenta uma seleção de obras de Julião Sarmento (Lisboa, 1948) que ilustram diferentes aproximações a temas centrais na prática do artista, como o desejo, o voyeurismo e a violência. Com um percurso multifacetado e profundamente coerente, Julião Sarmento é um dos artistas portugueses com maior projeção internacional, tendo sido alvo de duas grandes retrospetivas no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, em 1992 e 2012, entre inúmeras mostras por todo o mundo.

 

04
Mai21

MORREU JULIÃO SARMENTO

BE - ESJP

JuliãoSarmento.jpgEra o mais internacional dos artistas portugueses, autor de uma obra extensa e notável que se desdobrou pela pintura, o desenho, os múltiplos, a escultura, o site specific, a fotografia, o filme, o vídeo e a performance. Julião Sarmento fazia parte daquele grupo de artistas raríssimo para quem apenas o nome próprio chegava para o identificar. Morreu esta terça-feiraaos 72 anos, confirmou o PÚBLICO junto da sua galerista, Cristina Guerra. Estava doente de cancro há alguns meses.

Ler mais AQUI

03
Mai21

SUGESTÃO PNL DA SEMANA

BE - ESJP

A amizade entre Jorge Amado e José Saramago teve início quando os dois já iam maduros nos anos e na carreira literária. O vínculo tardio, porém, não impediu que os escritores criassem um forte laço, estendido às suas companheiras de vida, Zélia Gattai e Pilar del Río.

"Com o mar por meio.  Uma amizade em cartas "-  Jorge Amado  e José Saramago (2107)

03
Mai21

O LIVRO DA MINHA VIDA | 4 de MAIO

BE - ESJP

business_plaintext_copyright_1217382141.jpgEnquadrada no âmbito do projeto Movimento 14-20 a Ler,  a atividade que a Equipa Teams da ESJP "Tempo para voar....sem sair do lugar" propõe:
. dia 4 de maio, pelas 18.30, através da plataforma Teams, iremos promover uma Tertúlia Literária sobre o Livro das Nossas Vidas...
. A ideia é haver uma partilha/diálogo entre as várias gerações (jovens e menos jovens) sobre a leitura e os livros, com o objetivo sempre de promover a leitura junto dos nossos alunos. 
Através de uma videochamada, conversarmos sobre o livro da nossa vida. Enfim, os livros são mundos que falam connosco, que nos prendem e nos levam numa viagem de crescimento eterno ... uns por este motivo, outros por aquele, é verdade, mas são sempre conversas, aprendizagens constantes entre o seu autor e cada um de nós.

Pág. 2/2